Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Som do tambor do Olodum abre segunda noite do Festival Virada Salvador

Bloco afro levou um mar de fãs para a arena da Boca do Rio

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 28 de dezembro de 2024 às 20:02

Bloco afro levou um mar de fãs para a arena da Boca do Rio Crédito: Elaine Sanoli / CORREIO

A batida do tambor acompanha a batida do coração, acelerado, ao ouvir a entrada do Olodum. No palco principal da Arena O Canto da Cidade, o bloco afro brilhou e encheu os olhos do público que foi à Boca do Rio, neste sábado (28), para a segunda noite do Festival Virada Salvador 2025.

Para abrir a noite, a banda trouxe sucessos clássicos, velhos conhecidos do público que acompanha um dos blocos mais populares do país. Na abertura, ‘Alegria Geral’ deu o tom do que seria toda a apresentação, cercada de emoção e muita dança. ‘Lindo demais’ e ‘Nossa gente’ deram sequência ao início da festa. Até quem foi para trabalhar, deu um jeitinho de não ficar parado com o festejo do Olodum.

Para o professor de capoeira Rubem Paz, 47 anos, a banda já é como um amiga íntima. Desde muito criança ele faz questão de acompanhar a melodia ué aprendeu a amar com a família. “É uma das melhores musicalidades baianas, que até hoje vem preservando a musicalidade e historia da Bahia. Para mim, é a melhor banda do mundo”, disse o educador, que só foi ao festival exclusivamente para ver o Olodum. “Espero recordar algumas músicas antigas e viver algumas novas também, porque eles sempre trazem alguma novidade”, acrescentou.

Show do Olodum Crédito: Elaine Sanoli/CORREIO

No início do ano, em abril, a banda de samba reggae completou 45 anos de brilho e história pelas ruas de Salvador e do mundo. Criada em tempos sombrios, em que eu a população vivia a violenta repressão do estado com a Ditadura Militar, a banda preserva o canto de liberdade e luta em toda sua trajetória. E o canto da resistência ecoou pela Arena, entoado pelo público em coro.

Se a letra convoca o publico a ‘vir’ para o Olodum, ‘vir’ dançar no Pelô, a galera acompanhou a banda nos quatro cantos da cidade. “Eu comecei através de uma colega minha, que me levou para ver a passeata do Olodum, que acontecia antes do carnaval. Eu tinha uns 12 anos de idade, de lá para cá, não perco um show aqui em Salvador. Ela me levou, me arrastou, e eu me apaixonei”, contou a técnica em análises clínicas, Rosimeire Flores, de 48 anos, vestida a caráter para a ocasião, com sua blusa do bloco. “Olodum significa liberdade, o reconhecimento da nossa raça, que a banda leva para fora, para outros países, a cultura da gente”, relatou, sem nem querer saber qual seria a atração seguinte.

Os fãs se reconheciam de longe, não apenas pelo canto a plenos pulmões, mas pelas vestes e indumentárias: eles foram a caráter e fizeram questão de caprichar. Para Valquíria dos Anjos, de 65 anos, no entanto, a prática já é bastante comum. Em todas as apresentações, ela veste seu turbante nas cores do Olodum para ver a banda tocar.

“Olodum é um bloco que acolhe a gente. Nós formamos uma família com o Olodum e eu sou a família dele, o Olodum. Então eu me caracterizo assim, que é uma raiz”, contou a aposentada, que acompanha a história do samba reggae desde a época dos blocos de carroça, anteriores ao Olodum.

Carnaval 2025

O primeiro ensaio da banda acontece no dia 7 de janeiro. Durante todo o verão, o público poderá curtir ensaios nas terças-feiras e domingos até o carnaval. O ensaio do final de semana será aberto ao público, no Largo do Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador.

Na sexta e terça-feira de carnaval, dias 28 de fevereiro e 4 março, acontece a pipoca do Olodum. Em 2025, pela primeira vez, o bloco vai passar todos os dias do carnaval na capital baiana.

“A gente toca todos os dias aqui, vamos fazer alguns camarotes da cidade. Pela primeira vez, com a vez do Olodumaré, a gente fica em casa. Porque a gente fica sempre  'toca, viaja, vai, volta', [mas esse ano] a gente fica aqui. O Olodumaré que nos rege, que está à frente de tudo. É que nos abençoa para que a gente possa fazer essa musicalidade”, contou o vocalista Lazinho, em coletiva de imprensa momentos antes do show.

O tema escolhido para reger o carnaval de 2025 é ‘Olodumaré - O Senhor do Universo, raízes e origens do Deus Supremo’.

O Projeto de cobertura Virada Salvador é uma realização do Jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador