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Vitor Rocha
Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 10:48
A Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) estima coletar cerca de 300 toneladas de resíduos ao longo do Festival Virada Salvador. Para acompanhar as operações de limpeza na Boca do Rio, o CORREIO esteve no local nesta segunda-feira (30).
O projeto, promovido pela Prefeitura de Salvador, está em seu quarto dia e segue até esta terça-feira (31), quando ocorrerá a aguardada contagem regressiva para 2025. Apenas no primeiro dia de celebração, a Limpurb recolheu 33 toneladas de resíduos úmidos. Durante os dois primeiros dias de evento, quase cinco toneladas de resíduos foram recicladas, gerando um valor de quase R$ 57 mil para catadores, cooperados e compra de recicláveis.
As ações de limpeza começam diariamente às 6h, abrangendo tanto o espaço do festival quanto o entorno, como o Jardim de Alah e a Boca do Rio. O trabalho envolve mais de 300 colaboradores, cerca de 50 equipamentos, além de 520 banheiros químicos e 16 climatizados.
Segundo Carlos Augusto Gomes, presidente da Limpurb, a experiência da empresa garante um ambiente limpo e convidativo aos frequentadores. “Quando chegamos, há lixo por toda parte. As pessoas se surpreendem com a quantidade. Nós recolhemos tudo e realizamos a lavagem depois”, explica.
Jean Ferreira, 34 anos, um dos agentes de limpeza no evento, afirma que o trabalho no festival não é mais desgastante do que em dias comuns graças ao treinamento recebido. “Nós executamos nosso serviço com excelência. Estamos preparados para isso”, diz. Mesmo sob o forte calor, Jean ressalta que não se incomoda com a quantidade de lixo gerada. “Cada pessoa tem seu jeito. É normal, o calor da Bahia é empolgante demais”, comenta.
Colaborador da Limpurb há oito anos, Arinaldo Santana, 30, conta que o Festival Virada Salvador é um momento especial para a cidade. Apesar da admiração pelo projeto, ele revela que é mais caseiro, optando por ficar com a família nas horas vagas ao invés de curtir a folia. “É um prazer cuidar da cidade e do festival. Limpeza não só valoriza o espaço, mas também contribui com o meio ambiente”, reflete.
A manutenção de um espaço higienizado garante o interesse do público em vir para o Festival Virada Salvador e acompanhar os artistas preferidos de perto. É o que aponta o corretor de imóveis Marcelo Fernandez, de 66 anos. “Está tudo muito organizado. Fica atrativo não só para quem vai ao evento, mas também para aqueles que, como eu, caminham na orla”, elogia o idoso, morador do bairro de Armação.
O Projeto de cobertura Virada Salvador é uma realização do Jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador