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Festival Virada Salvador movimenta R$ 400 milhões na economia da capital baiana

Mais de 30 setores foram impactados pelo evento

  • Foto do(a) author(a) Anna Luiza Santos
  • Foto do(a) author(a) Vitor Rocha
  • Anna Luiza Santos

  • Vitor Rocha

Publicado em 2 de janeiro de 2025 às 18:07

Festival Virada Salvador 2025
Festival Virada Salvador 2025 Crédito: Jefferson Peixoto/Secom PMS

Mais de 758 mil pessoas passaram pelo Festival Virada Salvador 2025, que aconteceu entre os últimos dias 27 e 31. Os mais de 50 shows movimentaram não só a Arena O Canto da Cidade como, também, a economia local. Cerca de R$ 400 milhões de reais foram injetados na economia, garantiu o prefeito Bruno Reis. "Quero enaltecer o grande momento que vive a cidade, o melhor momento da sua história. Inúmeras pessoas, de diversos cantos da cidade participaram. A cidade recebeu o maior número de visitantes da sua história. Salvador nunca esteve tão pulsante, tão vibrante, tão empolgante como está agora", comemorou o prefeito, durante a cerimônia de posse, que acontece na quarta (1º)

O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington, também celebrou o impacto do evento na economia. "Um festival dessa envergadura na cidade movimenta mais de 30 setores da economia. Você acaba impulsionando áreas como, por exemplo, turismo, hotelaria, alimentos e bebidas, comunicação, comércio, varejo, tecnologia, música, saúde, segurança. Toda a economia criativa da cidade acaba sendo beneficiada", declarou o líder da Saltur.

O aquecimento na economia local traz otimismo para a atuação da Saltur neste verão e para o Carnaval de 2025. Segundo Isaac Edington, a previsão é que mais de 1 milhão de turistas compareçam à festa de rua na capital baiana.

O gestor da Saltur ainda destacou que esta edição do Festival Virada Salvador teve recorde no faturamento de ambulantes. Segundo o presidente da entidade, os vendedores obtiveram uma média de R$ 1,4 mil por dia, conforme antecipou o CORREIO. O número representa um aumento de aproximadamente 17% em relação a 2023, quando foi anotada uma média de R$ 1,2 mil.

Esse impacto foi lembrado pelo diretor da Associação Brasileira de Agência de Viagens da Bahia (ABAV-BA), Jorge Pinto, que avaliou o Virada Salvador como é um importante instrumento de movimentação da economia para trabalhadores informais soteropolitanos.

“O Festival Virada é o segundo maior evento em termos de contribuição econômica para a cidade, gerando renda e empregos. Além dos turistas que chegam em Salvador, a população local desempenha um papel significativo nesse período, principalmente os comerciantes, ambulantes e motoristas, que têm a oportunidade de aumentar a sua renda”, detalhou.

Robisson Neves, 49 anos, é um desses exemplos. Ele é motorista de aplicativo há 4 anos, desde 2020, e fez questão de mostrar que é um dos beneficiados com esse aumento de renda durante o evento. Ele afirmou que trabalha no ramo dirigindo apenas no final de ano e segue até o Carnaval, pois é o pico do lucro.

“O Verão em Salvador começa de fato quando começa o Festival Virada. É turista de todo lado, é o povo daqui pedindo Uber para assistir os shows toda hora. Só no último dia da festa [na terça-feira (31)], faturei mais de R$ 3 mil com as corridas por aplicativo. Com esse dinheiro, eu conseguiria sustentar minha família por dois meses tranquilamente”, relatou.

A expectativa dele é alcançar um rendimento ainda maior até o fim da temporada. “Se em um dia eu ganhei R$ 3 mil, imagine o que eu posso lucrar até o final do Carnaval. Se tem turista na cidade, se tem evento acontecendo, tem dinheiro entrando nas nossas casas e comida na nossa mesa”, pontuou.

O economista e consultor financeiro Edísio Freire citou a importância da chegada de turistas e visitantes na cidade, mas não deixou de destacar o papel dos moradores locais na movimentação da economia.

“Se o turista traz dinheiro de fora, aumenta o consumo aqui dentro. Não esqueçamos que temos na cidade quase três milhões de habitantes, que também estão gastando dinheiro nessa época. Se tirarmos a população local dessa conta de circulação da economia do Festival Virada, apenas os turistas não têm uma pungência tão forte no consumo e no crescimento econômico”, enfatizou.

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo

O Projeto de cobertura Virada Salvador é uma realização do Jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador