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Ambulantes faturam até R$ 1,4 mil por dia no Festival Virada Salvador

Trabalhadores esperam ganhar cerca de R$ 7 mil até o final do evento

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 08:09

Ambulantes faturam no Festival Virada Salvador
Ambulantes faturam no Festival Virada Salvador Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Em três dias de festa, o Festival Virada Salvador tem sido chamariz dos fãs de agito que não dispensam música boa e gratuita. Para os ambulantes, no entanto, o evento tem sido sinônimo de trabalho árduo. Há quem chegue na Arena O Canto da Cidade às 16h e só saia às 7h do dia seguinte. Todo o esforço tem motivações diversas, sendo que a principal é a obtenção de renda. Por dia, os trabalhadores informais têm conseguido faturar até R$ 1,4 mil.

Esse é o caso da ambulante Ingrid dos Santos, 30 anos, que apostou para ver no que ia dar. Sem maiores expectativas, ela disse que sonha conseguir até R$ 7 mil nos cinco dias de festa. “Eu planejei me surpreender e quero que o Festival Virada Salvador me surpreenda. Para mim, o movimento ainda está tranquilo, mas a festa só está começando. Até o momento, consegui 20% desses R$ 7 mil”, disse.

Segundo Ingrid, que está pela segunda vez trabalhando durante o Festival Virada, o pico de vendas costuma ocorrer a partir do terceiro dia. “Aumenta muito o público conforme os dias vão passando. O dia principal é 31. Por isso, acredito que será possível alcançar o valor que estipulei. Com esse dinheiro, pretendo terminar a minha casa”, afirmou.

Desde o primeiro dia de show, a ambulante Vanessa Henrique, 40, conseguiu arrecadar cerca de R$ 2 mil, uma média de quase R$ 1 mil por dia. Ela, que correu para garantir um bom lugar dentro da Arena O Canto da Cidade, tem mantido o pique na hora de vender. A razão da pressa é a necessidade de garantir os módulos escolares da filha, que vai cursar o 3º ano em 2025 e se preparar para prestar vestibular para Medicina.

“Estamos no terceiro dia de festa e o movimento ainda está tímido. Até o momento, estou focando na venda de cerveja, que é o que tem saído com mais frequência. As cervejas em lata é o que estou vendendo mais, enquanto as de garrafa têm demorado mais de sair. O bom é que tem público para as duas, assim como para as demais bebidas”, comemorava.

Expectativa alta

Pela primeira vez no Festival Virada Salvador como vendedor, o ambulante Gilvan Rodrigues, 29, é um dos trabalhadores informais que chegam às 16h e só saem às 7h do dia seguinte. Ele, que tem expectativa de vender até R$ 2,5 mil, preferiu não entrar em detalhes de quanto já arrecadou, mas garantiu que o esforço empregado nos últimos dias tem valido a pena.

“Faço tudo isso por investimento. Com esse dinheiro, quero conseguir minha guia de ambulante e investir no meu negócio, porque durante o ano eu não trabalho vendendo cerveja. Tenho uma banca de hortifruti no Imbuí e pretendo aumentar a estrutura dela”, justificou.

De acordo com Alexandre Tinoco, titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), o total de 1.045 trabalhadores informais foram cadastrados para atuar no evento. Desse total, 900 foram ambulantes de isopor e entre os demais 145 foram baleiros, baianas de acarajé e vendedores em food trucks.

Entre os baleiros está Paulo César Pereira, 39, que há anos está acostumado a vender balas, doces e cigarros em festas. Ele relatou que espera conseguir faturar até R$ 1,3 mil nos cinco dias de festival: “A esperança é muito grande de conseguir essa renda, porque a festa está bonita e está tudo atraente. O que falta agora é só o cliente comprar para que então eu consiga comprar minha geladeira”.

O Projeto de cobertura Virada Salvador é uma realização do Jornal Correio com apoio institucional da Prefeitura Municipal de Salvador