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Murilo Gitel
Publicado em 6 de setembro de 2017 às 11:28
- Atualizado há 2 anos
O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou a correspondentes internacionais nesta terça-feira (5), sobre três temas urgentes para a organização.
Duas semanas antes do maior encontro anual na agenda da ONU, os debates da Assembleia Geral (marcados para começar no dia 19), António Guterres afirmou que a crise mais perigosa do mundo, no momento, é o risco nuclear gerado com a situação na Coreia do Norte.
Segundo informações da ONU News, António Guterres destacou que a união do Conselho de Segurança é fundamental para responder à crise. E, segundo ele, esta união também oferece uma oportunidade para evitar uma escalada e fomentar a prevenção voltada à desnuclearização da Península Coreana.
No domingo (3), a Coreia do Norte realizou um teste com uma bomba de hidrogênio. A ação foi condenada por Guterres e outros líderes internacionais. Ele disse que o país asiático quebrou a norma contra explosões nucleares colocando milhões de pessoas em risco, o que inclui seus próprios cidadãos, que já sofrem com fome, seca e outros problemas.
Ataques Segundo o chefe da ONU, a solução para a crise só pode ser diplomática. Ao falar da situação dos refugiados em Mianmar, a antiga Birmânia, António Guterres voltou a condenar os ataques contra a minoria Rohingya no estado de Rakhine. Ele disse que escreveu uma carta ao presidente do Conselho de Segurança propondo alguns passos para resolver a situação.
Para o secretário-geral da ONU, as autoridades de Mianmar têm que dar aos muçulmanos Rohingya a cidadania birmanesa ou pelo menos um status legal que permita a eles acessar os serviços básicos da sociedade como educação.
Ele elogiou o país vizinho, Bangladesh, por receber as pessoas que fogem da violência, e disse que Mianmar tem que tomar as providências para acabar com os confrontos além de permitir a passagem de ajuda humanitária.
Ajuda Antes de responder às perguntas de alguns jornalistas, Guterres ressaltou a importância do combate às mudanças climáticas ao falar das cheias que ocorrem em várias partes do globo.
O secretário-geral expressou solidariedade às vítimas do furacão Harvey no estado americano do Texas e das cheias na Índia, no Nepal e em Bangladesh, além das chuvas e deslizamentos de terra na Serra Leoa. António Guterres concluiu dizendo que a ONU está pronta para ajudar.