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Portal Edicase
Publicado em 4 de fevereiro de 2025 às 19:30
Na última segunda-feira (03), a participante do BBB 25, Aline Patriarca, gerou discussões nas redes sociais ao aplicar perfume no corpo e, com as mãos, espalhar o excesso na região íntima por cima do biquíni. Todavia, essa prática não é recomendada por especialistas devido à sensibilidade da pele e mucosa da área vulvar e vaginal. >
“Com o uso de perfume, a região íntima pode sofrer com irritação e ressecamento. Além disso, pode ocorrer uma alteração no microbioma vaginal, que é para a saúde reprodutiva, fertilidade, qualidade de vida e defesa contra potenciais patógenos. Ou seja, os perfumes vaginais podem causar ressecamento, reações alérgicas, inflamações, obstruir poros e aumentar o risco de infecção”, explica o ginecologista e obstetra Dr. Nélio Veiga Junior, mestre e doutor em Tocoginecologia pela UNICAMP. >
O Dr. Nélio Veiga Junior recomenda evitar desodorantes e perfumes que não sejam específicos para áreas sensíveis e mucosas, a fim de preservar o pH da região íntima. “Na realidade, qualquer produto que tenha a capacidade química de alterar a mucosa ou o pH da vagina pode causar mais danos do que benefícios. Em particular, lubrificantes, desodorantes em spray e pós vaginais podem aumentar a suscetibilidade das mulheres a infecções do trato urinário, vaginose bacteriana e infecções sexualmente transmissíveis”, alerta. >
O ginecologista também ressalta que é importante evitar o talco, “pois, além do produto causar irritação na pele e obstrução dos poros, alguns estudos mostram que pode existir uma possível associação com aumento do risco de câncer ovariano, quando aplicado na região genital”. >
Muitas mulheres utilizam esses produtos por buscarem uma ausência de odor e corrimento vaginal. “Porém, é importante ressaltar que a maior parte das secreções vaginais representa boa saúde, ou seja, são fisiológicas e a secreção atua como uma proteção contra irritações e infecções”, explica o ginecologista. >
O que pode levar ao odor vaginal e desconforto , de acordo com o médico, é a falta de higiene, já que, mesmo na ausência de infecção vaginal, as glândulas continuam a produzir suor e gordura, podendo promover a proliferação de bactérias. Então, para evitar o problema, basta adotar cuidados básicos de higiene. >
“Ao urinar, sempre se limpe de frente para trás. E, ao evacuar, prefira lavar-se ou utilizar lenços umedecidos neutros. Além disso, utilize produtos específicos para higiene íntima e mantenha os pelos da região bem aparados”, finaliza o Dr. Nélio Veiga Junior. >
Por Maria Claudia Amoroso >