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Portal Edicase
Publicado em 26 de janeiro de 2025 às 12:30
Em 26 de janeiro, o Dia da Gula chama atenção para os limites entre um simples exagero na alimentação e questões mais graves, como transtornos alimentares. Apesar de ser natural, ocasionalmente, saborear uma refeição farta, perder o controle à mesa com frequência pode indicar distúrbios alimentares, como compulsão alimentar ou bulimia. >
A compulsão alimentar é marcada por episódios de ingestão de grandes quantidades de comida em pouco tempo, com relatos de consumo que variam entre 4 mil e 15 mil calorias em uma única ocasião – muito acima da recomendação diária de 2 mil calorias para um adulto saudável. Esse comportamento pode estar associado à obesidade ou à bulimia , caracterizada por comportamentos compensatórios, como vômitos forçados, exercícios excessivos ou uso de laxantes. >
“Há um grande desbalanceamento do corpo e da mente em casos como esses, o que exige um tratamento simultâneo e integrado”, explica a nutricionista Fernanda Larralde, especializada em Nutrição Comportamental. >
Por isso, ao perceber os sintomas, é importante procurar ajuda profissional . “Um dos cuidados primordiais é ajudar o paciente a se reconectar com os sinais naturais de fome e saciedade, acolhendo suas emoções e evitando a culpa. Esse processo deve ser conduzido de maneira cuidadosa e amorosa”, acrescenta. >
Reconhecer os sinais de que o comportamento alimentar passou do limite é essencial, tais como: >
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 4,7% dos brasileiros sofrem com transtornos alimentares , números que reforçam a necessidade de atenção ao tema. Fernanda Larralde destaca que muitos pacientes utilizam a alimentação como forma de compensação emocional. “Sempre há um fator emocional por trás, como ansiedade, traumas e inseguranças, que precisa ser trabalhado paralelamente ao ajuste alimentar”, afirma. >
A Nutrição Comportamental é uma ferramenta eficaz para reeducar os hábitos alimentares, focando nos aspectos emocionais, sociais e fisiológicos que influenciam o ato de comer. Fernanda Larralde recomenda iniciar o processo com alimentos familiares e acessíveis ao paciente, priorizando fontes de proteínas, fibras, gorduras saudáveis e cereais integrais, que promovem saciedade e saúde geral. >
Por Beatriz Corrêa >