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No total, 51 novos antibióticos estão em diferentes etapas de avaliação e testes
Da Redação
Publicado em 19 de setembro de 2017 às 18:34
- Atualizado há 2 anos
O mundo está ficando sem antibióticos. O alerta foi feito nesta terça-feira, 19, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que aponta para o número insuficiente de novos produtos sendo desenvolvidos e uma resistência cada vez maior aos remédios que estão no mercado. Em seu novo informe sobre o setor, a OMS alerta que a maioria dos produtos que estão sendo desenvolvidos neste momento pelo setor farmacêutico representa somente uma modificação nos atuais antibióticos, com um impacto apenas de curto prazo. No levantamento que considerou os produtos sendo pesquisados por diferentes multinacionais, poucos teriam o potencial de superar a resistência de infecções, cada vez mais presentes. Apenas a resistência aos antibióticos que tratam de tuberculose causa hoje a morte de 250 mil pessoas por ano. Além desse caso, a OMS já identificou outros doze casos em que a resistência a produtos no mercado já representa uma ameaça. No total, 51 novos antibióticos estão em diferentes etapas de avaliação e testes. Desses, porém, apenas oito deles estão sendo classificados pela OMC como "tratamento inovadores" e que irão adicionar valor ao arsenal de remédios que a humanidade dispõe. Mesmo esses oito candidatos não têm ainda garantias de que todos chegarão ao mercado. Além da tuberculose, doenças ou infecções como a bactéria E.coli podem passar a representar sérias ameaças. "Temos uma emergência de saúde global que pode minar de forma séria o progresso da medicina moderna", alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus, o diretor-geral da OMS e que apelou por uma ação maior das farmacêuticas. "Precisamos de forma urgente de novos investimentos em pesquisa. Caso contrário, voltaremos a ver pessoas morrendo com infecções mesmo depois de cirurgias relativamente pequenas", disse. Apenas no setor de tuberculose, a OMS alerta que somente dois novos produtos chegaram ao mercado nos últimos 70 anos. Para erradicar a doença, a entidade estima que precisa de mais de US$ 800 milhões por ano para trazer ao mercado novos produtos.