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Portal Edicase
Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 01:31
Com a previsão de que 35% da população brasileira – o equivalente a 59 milhões de pessoas – viaje a lazer neste verão, de acordo com um estudo do Ministério do Turismo (MTUR) e da Nexus (Pesquisa e Inteligência de Dados), a alegria de quem vai aproveitar o Carnaval também traz à tona a importância de cuidar da saúde. >
Isso porque grandes aglomerações favorecem o surgimento de surto de viroses e outras infecções, como a observada no litoral de São Paulo em janeiro deste ano. Na ocasião, mais de 7 mil pessoas foram infectadas pelo norovírus, causador de doenças como gastroenterite e, normalmente, transmitido por contaminação fecal-oral. >
Seja qual for o seu perfil, especialistas alertam para a necessidade de prevenção e cuidados especiais para cada estilo ou forma de aproveitar o Carnaval. Confira! >
O infectologista Alberto Chebabo, dos laboratórios cariocas Sérgio Franco e Bronstein, da Dasa, afirma que, antes de viajar, é importante verificar se as vacinas estão em dia, considerando algumas doses específicas conforme o destino, como contra a COVID-19, febre-amarela ou hepatites A e B. >
“Estamos observando um aumento de casos de febre-amarela este ano, especialmente em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins. Então, a orientação para os viajantes que vão para áreas afetadas ou rurais é tomar o reforço do imunizante dez dias antes de chegarem ao destino, em dose única para adultos e dupla para crianças de até 5 anos. Idosos devem consultar um médico antes da vacinação”, afirma. >
O infectologista reforça que medidas de proteção individual também são eficazes, como o uso de calças e camisas de mangas longas, sapatos fechados e a aplicação de repelente nas áreas expostas do corpo. >
Para os amantes de blocos de rua, a exposição prolongada ao sol e ao calor excessivo exige atenção para evitar insolação e desidratação. Além disso, as altas temperaturas favorecem o aumento da frequência cardíaca e podem desregular a pressão arterial. >
“A falta de reposição adequada de água pode causar uma série de sintomas e sinais no corpo, como a sensação de boca seca, dor de cabeça, tontura e cansaço. Uma atenção especial deve ser dada às crianças e aos idosos, que estão mais sujeitos à desidratação, mas podem não ter a percepção de sede”, explica a Dra. Rosita Fontes, endocrinologista dos laboratórios Sérgio Franco e Bronstein. >
Por isso, é importante cuidar do consumo de líquidos. “Para prevenir a desidratação, é fundamental beber água e outros líquidos durante todo o dia, mesmo sem sentir sede, e não abusar do consumo de bebidas alcoólicas, que desidratam o organismo e podem causar hipoglicemia, que é açúcar baixo no sangue”, comenta a médica. >
É importante não esquecer de usar um bom protetor solar com fator de proteção solar (FPS) de, no mínimo, 30 para evitar queimaduras, optar por roupas leves e confortáveis e, se possível, utilizar chapéus ou bonés e óculos escuros. Cuidado com o uso de produtos como tintas corporais ou faciais, espumas ou géis com glitter , pois eles podem causar irritações na pele. >
Cuide dos pés usando sapatos macios, que não apertem, e, de preferência, sejam fechados para evitar bolhas, desconforto e acidentes, como cortes. Faça pausas para se alimentar e escolha frutas, sucos e outras comidas leves e nutritivas antes de sair, durante um bloco e outro e nos intervalos, garantindo fôlego extra para a folia. >
Se o seu objetivo é aproveitar o clima e paquerar, a saúde sexual deve estar na lista de prioridades. Realizar um check-up de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como o HIV, sífilis, gonorreia, clamídia, as hepatites B e C, papilomavírus humano (HPV), dentre muitas outras, antes do Carnaval é uma atitude responsável. >
“Cuidar da saúde sexual é fundamental, especialmente em períodos de intensa interação social, como o Carnaval. Muitas infecções, como as causadas pelo papilomavírus humano (HPV), podem ser assintomáticas. A maioria das pessoas infectadas não apresentam indícios, o que eleva o risco de transmissão inadvertida”, explica Ligia Pierrotti, infectologista do laboratório Alta Diagnósticos. >
Por isso, manter os exames em dia é essencial. “A detecção precoce é fundamental, pois permite um acompanhamento adequado, e, quando necessário, intervenções que podem reduzir o risco de complicações graves, como câncer cervical e outras doenças associadas”, acrescenta. >
O uso de preservativos é a proteção mais eficaz para se proteger de ISTs. Outra medida adicional para evitar as IST e a transmissão do HPV é a vacinação. “Felizmente, existe vacina eficaz contra o HPV, que pode prevenir a infecção pelos tipos mais perigosos do vírus e reduzir significativamente a incidência dessas complicações”, diz Ligia Pierrotti. >
O imunizante nonavalente, disponível na rede privada, previne infecções causadas por nove tipos do vírus (HPV 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58), que podem provocar verrugas genitais e até câncer do colo do útero em 95% dos casos, bem como tumores de pênis, ânus e orofaringe. >
Por Rachel Lopes >