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Conheça os sintomas da trombose e veja como tratar

Médico explica a importância de estar atento aos sinais, já que a doença é silenciosa

  • Foto do(a) author(a) Portal Edicase
  • Portal Edicase

Publicado em 16 de setembro de 2024 às 10:58

Imagem Edicase Brasil
A trombose venosa profunda ocorre quando o sangue coagula nas veias profundas do corpo(Imagem: Iryna Zastrozhnova | Shutterstock) Crédito:

Em 16 de setembro, é comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose. A data visa conscientizar a população sobre os riscos associados à trombose, uma condição séria que pode levar a complicações graves. O objetivo é promover a prevenção, incentivando a busca por informações, o diagnóstico precoce e a adoção de hábitos saudáveis, fundamentais para reduzir o risco dessa doença.

Complicações causadas pela trombose

A trombose venosa profunda (TVP), ocorre quando o sangue coagula nas veias profundas do corpo, geralmente nas pernas. Se não tratada, pode causar complicações graves, como embolia pulmonar — quando o coágulo migra para os pulmões, podendo levar a óbito. 

A doença tem sido objeto de maior atenção devido ao aumento dos riscos associados a estilos de vida modernos e outros aspectos relacionados à saúde da população. Segundo o diretor de Publicações da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Ivan Casella, diversos elementos podem favorecer o desenvolvimento da trombose. 

Sintomas da Trombose venosa profunda

Entre os sintomas mais comuns estão: inchaço súbito, dor muscular e alteração da cor da pele em uma das pernas. Embora seja uma doença grave, os sinais podem ser sutis ou até inexistentes, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. 

Imagem Edicase Brasil
Realizar atividades físicas leves e estar hidratado pode ajudar a prevenir a trombose (Imagem: PeopleImages.com – Y | Shutterstock) Crédito:

Fatores de risco 

O Brasil enfrenta um período crítico de clima seco, o que pode afetar diretamente a saúde vascular. Durante essas fases, a desidratação se torna um problema comum, e eleva o risco de complicações como a trombose.

“A falta de hidratação adequada faz com que o sangue se torne mais viscoso, o que dificulta sua circulação nas veias profundas, especialmente nas pernas. Embora seja considerado um fator de risco leve, a prevenção é fundamental.  Manter-se bem hidratado em climas secos, além de prevenir a trombose, também ajuda a evitar uma série de outros problemas de saúde”, orienta Dr. Ivan Casella.

Outro fator relevante é a inatividade prolongada, como em viagens longas ou períodos de imobilidade. Nessas situações, o uso de meias elásticas pode ajudar a prevenir a formação de coágulos, especialmente em pessoas com histórico de trombose ou condições que aumentam o risco, como câncer ou cirurgias recentes . 

Prevenção e tratamento

Hábitos simples do dia a dia podem contribuir para a redução dos riscos de trombose . Manter o peso sob controle, praticar atividades físicas leves e garantir uma boa hidratação são algumas das orientações que ajudam a minimizar a chance de desenvolver a doença. Contudo, é importante destacar que muitos casos de trombose também estão associados a fatores como doenças pré-existentes e imobilização prolongada.

O acompanhamento médico contínuo é essencial para quem está em situações de maior vulnerabilidade, como pacientes com predisposição genética ou histórico familiar da doença. Apesar de as medidas preventivas reduzirem significativamente as complicações, elas nem sempre eliminam o risco por completo. 

Uso de anticoagulantes

Nos últimos anos, houve avanços no tratamento da trombose com o desenvolvimento de anticoagulantes orais diretos. “Os novos anticoagulantes trouxeram uma significativa evolução no tratamento, reduzindo os riscos de complicações graves, como hemorragias. Essa classe de medicamentos simplificou o processo, eliminando a necessidade de monitoramento constante, o que melhora a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, é essencial um controle e acompanhamento regular com um especialista”, explica o Dr. Ivan Casella. 

Em casos mais graves, cirurgias específicas para remover o coágulo podem ser realizadas por meio de técnicas endovasculares. Contudo, esses procedimentos são indicados apenas para casos muito graves, devido aos riscos envolvidos.

Por Elenice Costola