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Portal Edicase
Publicado em 7 de abril de 2025 às 12:09
A biópsia é um procedimento médico utilizado para diagnosticar doenças por meio da retirada de uma pequena amostra de tecido do corpo para análise laboratorial. Essa amostra pode ser coletada de diversos órgãos ou estruturas, como pele, pulmões, fígado, mama, entre outros, dependendo da suspeita clínica. >
A principal importância da biópsia está na sua capacidade de confirmar ou descartar a presença de condições como infecções, inflamações e, principalmente, o câncer. Com os resultados obtidos, os profissionais de saúde conseguem definir o diagnóstico com maior precisão e, assim, planejar o tratamento mais adequado para cada caso. >
Para esclarecer o tema, o Dr. Bruno Farnese, médico especialista em ultrassonografia e procedimentos minimamente invasivos, explica o que realmente envolve esse exame e desfaz os principais mitos. Confira! >
Mito. Segundo o Dr. Bruno Farnese, a maioria das biópsias é realizada com anestesia local, tornando o procedimento praticamente indolor. “O paciente pode sentir um leve desconforto na aplicação da anestesia, mas o exame em si é muito bem tolerado. Em alguns casos, como biópsias mais complexas ou para pacientes mais sensíveis, oferecemos sedação, permitindo que o paciente durma durante o procedimento e não sinta dor ou qualquer desconforto durante a biópsia”, esclarece. >
Mito. Essa é uma dúvida comum e que preocupa muitos pacientes. No entanto, o risco de disseminação tumoral por meio da biópsia é extremamente baixo. “Em centros mais modernos temos novas técnicas e agulhas específicas, como a agulha coaxial, que tornam mínima a chance de espalhar células malignas. Além disso, a biópsia é fundamental para definir o melhor tratamento e aumentar as chances de sucesso da terapia”, afirma o Dr. Bruno Farnese. >
Mito. Embora tradicionalmente os resultados de biópsias levassem de 10 a 30 dias, hoje é possível obter diagnósticos mais ágeis com o uso de técnicas modernas, dedicação e logística especializada. “Quando a biópsia é feita com precisão, o material é bem processado e a equipe médica da biópsia e patológica trabalham de forma integrada, conseguimos oferecer resultados com rapidez e segurança. Em casos urgentes, a conclusão diagnóstica pode estar disponível em até 24 horas úteis após a biópsia”, tanto em casos de nódulos benignos quanto para tumores malignos, afirma o Dr. Bruno Farnese. >
Mito. Nem todo nódulo é sinal de câncer. Muitos nódulos detectados em exames de imagem são benignos e não oferecem risco à saúde. A biópsia bem-feita é a principal ferramenta para diferenciar lesões benignas de tumores malignos, ajudando a evitar preocupações desnecessárias e, ao mesmo tempo, garantindo que casos que realmente merecem atenção sejam tratados com a devida urgência. >
“Em algumas situações, além da análise convencional, utilizamos testes complementares, como a imunohistoquímica, ou até mesmo testes moleculares e genéticos, para obter um diagnóstico ainda mais preciso”, explica o Dr. Bruno Farnese. >
Mito. O tempo do procedimento varia conforme a região analisada, mas, em geral, uma biópsia guiada por ultrassom dura cerca de 30 a 60 minutos. “Apesar de ser um exame rápido, ele exige precisão e técnica para garantir a coleta adequada do material, permitindo um diagnóstico confiável e evitar necessidade de repetir o procedimento”, destaca o especialista. >
Verdade. Embora toda intervenção médica envolva riscos, as biópsias realizadas com técnicas modernas são consideradas extremamente seguras. “Complicações, como sangramento ou infecção , são raras e, quando ocorrem, podem ser controladas e tratadas de maneira minimamente invasiva na maioria dos casos. O benefício do diagnóstico precoce supera amplamente os riscos do procedimento”, afirma o especialista. >
Mito. Receber um diagnóstico de tumor maligno não significa que não há o que fazer. Muito pelo contrário. Atualmente, existem diversas opções de tratamento, especialmente quando o diagnóstico é feito nas fases iniciais da doença. >
“Mesmo em casos mais avançados, temos estratégias terapêuticas eficazes. Cirurgias, quimioterapia, radioterapia e, em muitos casos, tratamentos mais modernos, como a imunoterapia, têm mudado o prognóstico de vários tipos de câncer”, destaca o Dr. Bruno Farnese. Por isso, a biópsia não deve ser evitada — ela é o primeiro passo para um tratamento bem-sucedido. >
Após a biópsia, o paciente geralmente permanece em observação por um curto período antes de ser liberado. O tempo de recuperação varia conforme o tipo de biópsia realizada. Procedimentos mais profundos, como os realizados no fígado, pâncreas, próstata e rim, exigem mais cuidados, incluindo a recomendação de evitar atividades físicas intensas por alguns dias. >
As biópsias mais superficiais, como as da mama, tireoide e região do pescoço, possuem recuperação mais rápida, permitindo o retorno às atividades diárias, incluindo exercícios físicos, em um período mais curto. “Os riscos são mínimos quando o exame é realizado por um profissional experiente, mas é fundamental seguir as orientações médicas para garantir uma recuperação tranquila”, alerta o especialista. >
Por Guilherme Silva >