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Portal Edicase
Publicado em 13 de fevereiro de 2025 às 13:30
O início do ano é marcado por promessas de mudança. Muitas pessoas estabelecem metas para melhorar a saúde, a produtividade e o bem-estar. No entanto, a realidade mostra que cerca de 80% dessas resoluções são abandonadas até fevereiro, segundo uma pesquisa da Times Tribune. >
Segundo Paula Kauer, psicóloga especialista da Namu, plataforma de saúde e bem-estar, o problema não está apenas na falta de disciplina, mas também na formulação dessas metas, que, muitas vezes, desconsideram o estilo de vida e as reais possibilidades de cada um. >
“O simbolismo do ano novo traz a possibilidade de renovação e entusiasmo em um novo ciclo. Mas temos que lidar com um contraponto importante: as altas expectativas que geramos e o imediatismo de querer mudar tudo de uma vez. Isso pode levar à frustração quando os resultados não acontecem no tempo esperado”, afirma. >
Para evitar que as promessas se tornem apenas um ciclo de desistência e frustração, é necessário adotar estratégias que favoreçam a consistência e o realismo nas mudanças de hábito . Pequenas adaptações na rotina, metas progressivas e uma abordagem mais flexível podem aumentar significativamente as chances de sucesso. >
A seguir, Paula Kauer lista recomendações para transformar resoluções em hábitos sustentáveis ao longo do ano. Confira! >
De acordo com Paula Kauer, a mudança precisa fazer sentido para cada indivíduo. Se o objetivo é melhorar a saúde, por exemplo, a prática de exercício deve estar alinhada às preferências e ao estilo de vida de quem está iniciando. “Nem todo mundo consegue diminuir a ansiedade com meditação. Algumas pessoas se sentem mais confortáveis ouvindo música, se exercitando ou caminhando ao ar livre. O importante é encontrar o que funciona”, explica. >
Metas irreais geram frustração e desmotivação. Para evitar isso, é recomendado estabelecer pequenos avanços graduais e prazos ajustáveis. “A disciplina se torna mais viável quando os desafios são compatíveis com a realidade de cada pessoa. Pequenos progressos são mais sustentáveis do que tentativas radicais de mudança”, aponta a psicóloga. >
Cada pessoa tem um ritmo e um estilo de vida diferente, e a adaptação é essencial para a consolidação de novos hábitos. “Não existe uma estratégia única que funcione para todos. Para algumas pessoas, registrar o progresso individual em um diário pode ser útil, enquanto, para outras, ter alguém ou um grupo de apoio para dividir o avanço pode fazer mais diferença”, sugere. >
A especialista recomenda que, ao se deparar com a sensação de fracasso, é importante evitar conclusões definitivas como “não consigo” ou “isso é impossível”. Em vez disso, deve-se perguntar: “como posso fazer?”. “A forma como encaramos os desafios influencia diretamente nossa capacidade de superá-los. Pequenas adaptações podem tornar os objetivos mais acessíveis e sustentáveis”, explica Paula Kauer. >
Recuos fazem parte do processo. Segundo a psicóloga, o mais importante é analisar o que levou à dificuldade e retomar o caminho sem culpa excessiva. “Nossa evolução não ocorre em linha reta, mas, sim, em espiral. Pequenos desvios são normais, desde que não levem ao abandono definitivo da meta”, destaca. >
Amigos e familiares podem ser aliados na construção de novos hábitos. Compartilhar desafios e conquistas, mesmo que em uma breve conversa, ajuda a manter o compromisso e a motivação. “Ter pessoas ao nosso lado, que nos incentivam e entendem nossos desafios, pode ser determinante para a consistência e o progresso”, conclui. >
Por Caroline Adrielli >