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Portal Edicase
Publicado em 10 de março de 2025 às 18:09
A abobrinha é um vegetal versátil que pertence à família Cucurbitaceae, a mesma das abóboras e dos pepinos. Existem diversas variedades, incluindo a abobrinha italiana ( Cucurbita pepo var. cylindrica ), a abobrinha redonda ( Cucurbita pepo var. giromontiina ), a abobrinha amarela e até híbridos que combinam características diferentes. Embora todas compartilhem valores nutricionais semelhantes, cada uma possui pequenas variações em sabor, textura e concentração de nutrientes. >
Seja na versão verde-clara, escura ou amarela, a abobrinha é um alimento leve e repleto de vantagens para a saúde. Descubra 6 benefícios desse vegetal e como incluí-lo de forma prática no dia a dia! >
A desidratação pode causar fadiga, dores de cabeça e prejudicar o funcionamento do organismo. Por isso, além do consumo de água, ingerir alimentos ricos em água é essencial para manter o corpo hidratado e equilibrado. A abobrinha se destaca nesse aspecto, pois contém 96,5% de água e apenas 14 kcal por 100 g, sendo uma excelente escolha para quem deseja uma alimentação leve e nutritiva. >
Além de ajudar na hidratação, esse vegetal é ideal para quem busca controlar o peso, pois oferece volume às refeições sem acrescentar muitas calorias. Seu alto teor de água também favorece a digestão e auxilia no funcionamento intestinal. >
Ter um sistema imunológico fortalecido é essencial para evitar infecções e outras doenças. A abobrinha contribui para essa defesa natural por conter vitamina C e ferro, dois nutrientes importantes para a resposta imunológica. >
De acordo com a tabela nutricional do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), 100 g de abobrinha italiana fornecem 17,9 mg de vitamina C, um nutriente essencial para a produção de glóbulos brancos, responsáveis por combater microrganismos invasores. Além disso, a vitamina C atua como antioxidante, protegendo as células contra danos e ajudando a reduzir processos inflamatórios. >
O ferro, presente na quantidade de 0,4 mg por 100 g, é fundamental para a formação da hemoglobina, proteína que transporta oxigênio pelo corpo. Quando há deficiência desse mineral, a imunidade pode ser comprometida, deixando o organismo mais suscetível a infecções. >
A inflamação crônica pode estar associada a diversas condições de saúde, como artrite , doenças autoimunes e problemas intestinais. Alguns compostos naturais presentes na abobrinha podem contribuir para a redução desses processos inflamatórios. >
Um estudo publicado na revista Fitoteraphy , intitulado “ Two new ent-kaurane-type diterpene glycosides from zucchini (Cucurbita pepo L.) seeds “, analisou as sementes da abobrinha ( Cucurbita pepo L .) e identificou compostos chamados diterpenos e esteroides, que possuem ação anti-inflamatória. >
Os pesquisadores testaram essas substâncias em células do sistema imunológico de camundongos e observaram que elas reduziram a produção de óxido nítrico (NO), um composto inflamatório. Esses achados sugerem que o consumo de abobrinha pode ter efeitos positivos na regulação da inflamação no corpo. Embora o estudo tenha sido conduzido em modelos experimentais, ele destaca o potencial desse vegetal para auxiliar na manutenção da saúde. >
A exposição a radicais livres pode causar danos ao DNA e favorecer o desenvolvimento de doenças degenerativas, incluindo o câncer. Por sua vez, determinados compostos antioxidantes da abobrinha podem ajudar a proteger as células contra esses efeitos prejudiciais. >
Um estudo publicado na revista Nutrients , intitulado “ Role of Zucchini and Its Distinctive Components in the Modulation of Degenerative Processes: Genotoxicity, Anti-Genotoxicity, Cytotoxicity and Apoptotic Effects “, avaliou os impactos da abobrinha em células humanas e em um modelo biológico com a mosca Drosophila melanogaster . >
Os resultados indicaram que os compostos presentes no vegetal ajudaram a reduzir os danos ao DNA e inibiram o crescimento de células cancerígenas HL60 (leucemia). Embora mais pesquisas sejam necessárias para entender melhor esses efeitos, o estudo sugere que a abobrinha pode desempenhar um papel benéfico na proteção celular. >
Contudo, é importante lembrar que o consumo da abobrinha não substitui o acompanhamento e o tratamento médico, bem como bons hábitos de vida. >
O Parkinson é uma doença neurodegenerativa que afeta os movimentos e a coordenação motora. Algumas pesquisas indicam que compostos bioativos da abobrinha podem contribuir para a proteção dos neurônios. >
Por exemplo, o estudo “ Antiparkinsonian activity of Cucurbita pepo seeds along with possible underlying mechanism “, publicado na revista Metabolic Brain Disease , investigou o efeito das sementes de abobrinha em ratos com Parkinson induzido. Os pesquisadores observaram que o extrato metanólico das sementes melhorou a função motora dos animais, aumentou os níveis de enzimas antioxidantes e reduziu os marcadores de estresse oxidativo. >
Além disso, análises moleculares mostraram que os compostos bioativos da abobrinha interagem com a proteína acetilcolinesterase (AchE), sugerindo um possível efeito neuroprotetor. Os achados são promissores, e estudos futuros podem ajudar a entender melhor como a abobrinha pode ser utilizada na saúde cerebral. >
As doenças cardiovasculares se referem a uma das principais causas de morte no mundo, sendo a hipertensão arterial e os altos níveis de colesterol fatores de risco significativos. A alimentação tem um impacto direto na saúde do coração, e incluir a abobrinha na dieta pode contribuir para a prevenção desses problemas. >
Isso porque a abobrinha contém pectina, um tipo de fibra solúvel que auxilia na redução dos níveis de colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”. Um estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition , intitulado “ Cholesterol-lowering properties of different pectin types in mildly hyper-cholesterolemic men and women “, demonstrou que a ingestão de pectina pode reduzir os níveis de colesterol LDL em até 7% em pessoas com hipercolesterolemia leve. Esse efeito ocorre porque a fibra solúvel forma um gel no intestino, dificultando a absorção do colesterol. >
Além disso, a abobrinha é rica em potássio, mineral essencial para a regulação da pressão arterial. Ele atua dilatando os vasos sanguíneos, facilitando o fluxo sanguíneo e reduzindo a sobrecarga no coração. Logo, por conter fibras e potássio, a abobrinha pode ajudar a reduzir o risco de doenças cardíacas ao controlar fatores como colesterol alto e pressão arterial elevada. >
Contudo, é importante lembrar que o consumo da abobrinha não substitui o acompanhamento e o tratamento médico, bem como bons hábitos de vida. >
A abobrinha é um vegetal versátil que pode ser incorporado às refeições de diversas formas, garantindo a ingestão de nutrientes essenciais como vitamina C e ferro. Seu sabor suave permite combinações variadas, desde pratos quentes até opções frescas. Veja: >
Embora a abobrinha seja um alimento nutritivo e bem tolerado pela maioria das pessoas, algumas podem apresentar sensibilidade a certos compostos do vegetal. Para quem tem restrições alimentares ou condições específicas de saúde, é sempre recomendável consultar um profissional antes de fazer mudanças na dieta. >