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Portal Edicase
Publicado em 11 de outubro de 2024 às 11:30
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre homens e mulheres em todo o mundo, com a dor no peito sendo um dos sintomas mais comuns associados a essas condições. No entanto, o corpo frequentemente apresenta outros sinais de que a saúde do coração pode estar em risco, que nem sempre são facilmente identificáveis, como explica a Dra. Diane Ávila, cardiologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), que faz parte da Dasa.
Além da dor no peito, é comum que o paciente apresente dificuldades para respirar, palpitações e sensação de cansaço mesmo diante de pouco ou nenhum esforço. Ademais, há também sintomas que não costumam ser relacionados, mas podem indicar doenças cardiovasculares. Veja abaixo!
Quando o coração não consegue bombear sangue de maneira eficiente, ele pode se acumular nas veias e elevar a pressão. Isso resulta na passagem de fluidos para os tecidos, levando ao edema nas pernas, nos tornozelos e no abdome.
A produção de suor em uma quantidade maior do que o habitual pode ocorrer, principalmente, quando a pessoa está emocionalmente instável.
As causas desse sintoma em mulheres com doenças cardiovasculares podem ser diversas, como redução no fluxo sanguíneo, estresse e ansiedade, inflamações que afetem o sistema gastrointestinal e efeitos colaterais de medicamentos.
Problemas cardíacos estão frequentemente relacionados à apneia do sono, uma condição em que a respiração é interrompida durante o sono, causando despertares frequentes e sonolência durante o dia. Assim como a má digestão, esse sintoma pode surgir dias antes de um quadro grave de complicação do infarto agudo do miocárdio .
Esses são sintomas comuns em pessoas diabéticas, já que indicam, respectivamente, má circulação sanguínea no organismo e complicações vasculares que podem levar ao agravamento de doenças cardiovasculares.
Sintomas simples podem indicar que a saúde do coração não vai bem . “É muito importante que as pessoas conheçam o próprio corpo e percebam quando há algo fora do normal, mesmo que possa estar associado à rotina corrida, como a insônia e os roncos noturnos potencializados pela síndrome da apneia-hipopneia do sono e pela obesidade”, explica a Dra. Diane Ávila.
Em todo caso, a ajuda médica é essencial. “Ao perceber esses sintomas, é importante buscar a orientação de um especialista para tratamento adequado e prevenção cardiovascular, principalmente quando já há histórico familiar”, acrescenta a especialista.
A avaliação de um cardiologista envolve uma consulta detalhada, em que o paciente relata o seu histórico de saúde e os sintomas, além de um exame físico adequado para avaliar se eles são de origem cardíaca. Segundo a Dra. Fernanda Erthal, cardiologista do Bronstein, que também faz parte da Dasa, essas avaliações são o ponto de partida para que o médico escolha exames apropriados para cada perfil de risco. Entre eles, podem estar a cintilografia de perfusão miocárdica, a ressonância magnética com estresse, o ecocardiograma com estresse, o MAPA e a angiotomografia das artérias coronárias.
“Com exames solicitados na hora certa conseguimos identificar condições ainda em seu estágio inicial e, consequentemente, com mais chances de sucesso no tratamento”, define a especialista.
Por Rachel Lopes