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Portal Edicase
Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 01:30
A intoxicação alimentar é uma preocupação crescente em todo o mundo, afetando milhões de pessoas diariamente. Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 420 mil mortes ocorrem anualmente, e aproximadamente 600 milhões de pessoas são vítimas desse problema. Durante viagens, o risco de contaminação aumenta, exigindo cuidados especiais para evitar complicações. >
A nutricionista Diandra Perez Moura, do AmorSaúde, alerta para a importância de estar atento aos alimentos mais suscetíveis à contaminação, principalmente em locais turísticos, em que as condições de higiene podem ser precárias. >
“Alguns exemplos são frutos do mar crus ou mal-cozidos, carnes mal-passadas, ovos crus ou mal-cozidos, alimentos preparados e armazenados sem a refrigeração adequada, frutas e vegetais crus ou mal-lavados, água não tratada ou gelo feito com água contaminada, além de comida de rua exposta ao sol e sem refrigeração”, detalha. >
Por isso, abaixo, a especialista elenca recomendações que garantem a segurança alimentar durante as viagens. Confira! >
Seja em praias, cidades e, até mesmo, outros países, os pratos vendidos na rua por ambulantes representam uma praticidade (e uma economia) na hora da fome. Contudo, a nutricionista Diandra Perez Moura explica que é essencial observar a qualidade da limpeza do local e dos utensílios utilizados no preparo. >
“A pessoa também deve optar por locais movimentados e, na hora de escolher o que comer, priorizar alimentos cozidos na hora. Também se deve evitar molhos e acompanhamentos crus”, aponta. Ela ainda destaca que outro modo de prevenir possíveis intoxicações é levar higienizador, como álcool em gel, para ser utilizado nas mãos antes das refeições. >
No entanto, é preciso estar atento a alguns sinais que podem indicar contaminação dos alimentos. “Atente-se ao cheiro, principalmente se estiver estranho ou azedo, na alteração da textura e da cor e se há presença de manchas ou bolores. Frutas e vegetais, por exemplo, podem estar com aparência viscosa ou deteriorada”, elenca Diandra Perez Moura. >
Um dos aliados para evitar a intoxicação alimentar é a imunidade. Assim, é possível investir em hábitos alimentares mais saudáveis que garantam o reforço no sistema imunológico. Segundo a especialista, o cardápio deve contar com frutas cítricas, vegetais verdes-escuros, alimentos ricos em zinco, tais como sementes e oleaginosas, e iogurtes probióticos. >
Além disso, a hidratação adequada não somente contribui para a imunidade, como também reduz problemas digestivos, principalmente em climas quentes e tropicais. “É recomendado consumir água potável regularmente, mesmo na ausência de sede. Outra estratégia é incluir bebidas isotônicas ou água de coco, evitando excesso de álcool e cafeína, que desidratam; sempre priorizando bebidas com embalagens fechadas e lacradas”, explica Diandra Perez Moura. >
Durante as viagens de férias, aqueles pratos e alimentos mais gordurosos são mais tentadores, mas é possível equilibrar a alimentação por meio de escolhas mais saudáveis. Dessa forma, pode-se experimentar o cardápio local, sem abrir mão da saúde. >
“Escolha refeições menores e balanceadas para não cometer exageros, incluindo vegetais e frutas sempre que possível. Recomenda-se evitar frituras em excesso, priorizando grelhados ou cozidos”, indica a nutricionista. >
A profissional ainda elenca opções que podem ser levadas de casa e são de fácil armazenamento, como frutas secas ou desidratadas, castanhas, nozes e amêndoas, barrinhas de proteína ou cereais, temperos e sal em sachês para emergências e garrafa de água reutilizável com filtro, se possível. >
Um dos cuidados essenciais para evitar a intoxicação alimentar é o armazenamento. Quando não realizado da forma correta, pode aumentar o risco de contaminação e deterioração dos alimentos. Diandra Perez Moura esclarece algumas ações que são essenciais durante as viagens: >
Muitas vezes, ao visitar outra cultura, a alimentação pode ser um desafio, seja em razão do gosto individual, seja em razão dos hábitos alimentares daquele destino. Nesse sentido, a nutricionista reitera que existem possibilidades para evitar desconfortos em relação à comida. >
“Pesquise os pratos típicos e seus ingredientes, optando por alimentos cozidos ou assados ao invés de saladas cruas e frutas descascadas por terceiros. É possível levar snacks saudáveis para emergências (barrinhas, oleaginosas) e, se necessário, use purificadores de água ou consuma apenas água engarrafada selada”, recomenda. >
Em caso de sintomas, como vômitos, náuseas, diarreias aquosas, dores abdominais, calafrios, febre e fadiga, é possível investir nos chamados primeiros socorros nutricionais. Diandra Perez Moura destaca a hidratação como medida imediata. >
“Dê preferência para alimentos leves, como arroz, banana e torradas até o sistema digestivo estabilizar, evitando aqueles muito condimentados ou gordurosos”, aponta a nutricionista, que reitera a importância do descanso, monitoramento desse quadro e a consulta com um médico em casos de persistência dos sintomas. >
Por Ariely Polidoro >