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Portal Edicase
Publicado em 26 de março de 2025 às 07:37
A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por crises recorrentes, que podem afetar qualquer pessoa e em qualquer idade. Embora a doença tenha tratamento, muitas pessoas ainda enfrentam dificuldades no diagnóstico e na compreensão da condição, tanto pela população geral quanto por parte de familiares e até profissionais de saúde. >
Em 26 de março celebra-se o Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia, cujo objetivo é reduzir o estigma que envolve a doença, como explica o Dr. Mario Braga, neurocirurgião e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras. >
“As crises epilépticas podem ser imprevisíveis e, em muitos casos, bastante dramáticas. Quando uma pessoa presencia uma crise , pode ficar assustada ou sem saber como reagir. Esse medo pode ser amplificado pela falta de conhecimento sobre como lidar com a situação”, esclarece. >
As crises podem variar significativamente de pessoa para pessoa, dependendo do tipo e da gravidade. Embora o primeiro sinal mais comum de epilepsia sejam as crises convulsivas, existem diferentes tipos delas, e é importante estar atento aos sintomas. >
Entre os principais sinais que podem apontar para crises de epilepsia, estão: >
Esse tipo de crise é o mais conhecido, caracterizado por perda de consciência e movimentos involuntários, como espasmos musculares, rigidez e tremores. A pessoa pode cair e, durante a crise, pode morder a língua ou ter dificuldade para respirar. >
Frequentemente observadas em crianças, essas crises são breves e podem ser confundidas com distração. A pessoa pode parecer “desligada” por alguns segundos, sem resposta aos estímulos ao seu redor. Não há movimentos visíveis, mas a pessoa perde temporariamente o contato com o ambiente. >
Neste tipo de crise, a atividade elétrica anormal no cérebro afeta uma área específica. A pessoa pode apresentar sintomas como movimentos involuntários em um lado do corpo, sensações estranhas (como alucinações auditivas ou visuais) ou sensação de déjà-vu. O paciente pode também ter episódios de confusão após a crise. >
Em alguns casos, a pessoa pode não ter convulsões evidentes, mas pode apresentar alterações temporárias no comportamento ou na consciência, como perda de memória ou estados de confusão. >
O Dr. Mario Braga explica que, durante as crises, é preciso manter a calma e garantir que a pessoa esteja segura, além de acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). “Não tente segurar a pessoa ou impedir seus movimentos, pois isso pode causar lesões. Coloque um objeto macio sob a cabeça da pessoa para protegê-la de contusões […]”, ensina. >
Além disso, o médico ressalta a importância de não colocar nada na boca do paciente. “Embora muitas pessoas acreditem que é necessário colocar algo na boca para evitar mordidas na língua, isso pode ser perigoso. Caso a crise dure mais de 5 minutos ou a pessoa não recupere a consciência, procure ajuda médica imediatamente”, destaca. >
Embora não haja cura para a epilepsia, o tratamento adequado pode ajudar a controlar as crises e geralmente inclui medicamentos antiepilépticos, que ajudam a reduzir a frequência e a gravidade das crises. Além disso, em alguns casos, opções como cirurgia , dieta balanceada ou estimulação elétrica podem ser recomendadas. O acompanhamento médico contínuo é essencial para ajustar o tratamento conforme necessário. >
Por Camila Souza Crepaldi >