Preço da fogueira junina varia de R$ 25 a R$ 100; saiba onde comprar

É possível encontrar os itens em diversos bairros de Salvador

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  • Gilberto Barbosa

Publicado em 21 de junho de 2024 às 06:45

Fogueiras são vendidas por até R$ 100 em Salvador
Fogueiras são vendidas por até R$ 100 em Salvador Crédito: Marina Silva/CORREIO

Indispensáveis para o São João, as fogueiras são um dos principais símbolos das festas juninas. Elas simbolizam o nascimento do profeta João Batista, primo e responsável pelo batismo de Jesus Cristo, que ocorreu no dia 24 de junho. Em Salvador, é possível encontrar os itens sendo vendidos em diversos locais da cidade, como na Avenida Magalhães Neto e na BA-528.

A venda de fogueiras é tradição na família de Renilda Gonçalves, 48 anos, que mantém seu ponto na fronteira entre a Rua Manoel Lino e Rua da Pedrinhas, no bairro de Periperi. Seus pais comercializavam as madeiras nas épocas juninas e ela manteve as vendas após eles se aposentarem.

Renilda contou que, este ano, começou a comercializar a partir da última quarta (19) e espera vender entre 15 e 20 fogueiras a preços que variam entre R$ 50 e R$ 60. Enquanto a reportagem conversava com ela, um motorista pediu para que ela reservasse uma fogueira para buscar depois.

“Ano passado eu estava vendendo para outra pessoa e deu quase R$ 2 mil de arrecadação. Nesse ano, eu peguei as madeiras da mata que derrubaram para fazer um conjunto habitacional e armei para vender”, afirmou.

Na Estrada do Derba (BA-528), é possível encontrar fogueiras por R$ 80. As madeiras ficam expostas nas proximidades do posto do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv). A dupla de vendedores, que não quis se identificar, revelou que começou o comércio na última semana e que já venderam dez unidades até o momento.

“O movimento está mais fraco nesse ano porque ficavam mais pessoas aqui no ponto. O pessoal compra mais na véspera e no dia 24, então esperamos conseguir vender todas as fogueiras que montamos”, disse um deles.

O vendedor Rogério Silva Santiago, 30 anos, atua há cerca de 18 anos na Avenida Magalhães Neto, próximo ao Hospital da Bahia. Nesse ano, as fogueiras são vendidas por R$ 70, R$ 80 e R$ 100, variando com o tamanho. Também tem a opção de mini fogueiras por R$ 25.

“Até agora, já vendemos doze unidades, ainda está um pouco devagar. Mas, a partir do dia 21, o fluxo aumenta. A gente sai pelas matas procurando madeiras e vamos com o carreto buscar. Isso tudo tem que ser feito no fim de maio para dar tempo de cortar e separar os tamanhos”, explicou.

Em Vila Laura, os pontos de venda são separados por cerca de 300 metros. A primeira opção está na Rua Rio Amazonas, na esquina com uma escola da região, onde os itens são vendidos por R$ 50. O responsável pelo ponto, Alessandro Almeida, contou que aproveita a madeira da poda das árvores para montar.

“Ontem, eu já vendi quatro e devo botar até 40 aqui no ponto, que vão ficar até São Pedro para vender. Eu comecei a vender na semana passada e a venda está melhor nesse ano”, avaliou.

Já na Rua Raul Leite, as fogueiras foram armadas em frente a uma barbearia. A maioria delas saem por R$ 50, com tamanhos menores disponíveis por R$ 30. “A gente começou a vender no ano passado para tirar uma renda extra. As pessoas cortam as madeiras e, ao invés de descartar, nos dão”, relatou a vendedora, Márcia Lúcia.

De acordo com a Polícia Militar, para vender o produto é necessário ter o Documento de Ordem Florestal (DOF), emitido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que informa a origem da madeira e confere a licença para venda. "Os comerciantes podem retirar o Documento pela internet, através do site do Ibama. É recomendado ao comprador que, ao adquirir madeira para montagem de fogueira, solicite uma cópia do DOF para verificar a origem do produto. O ato de receber a madeira sem licença do órgão competente para fins comerciais constitui crime ambiental", acrescentou o órgão.

O projeto São João 2024 é uma realização do jornal Correio com apoio do Sicoob

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro