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Thais Borges
Publicado em 15 de junho de 2015 às 08:19
- Atualizado há 2 anos
Quando você compra um bolinho por R$ 8 (com camarão, provavelmente), talvez não imagine qual seja o faturamento de uma baiana, dessas mais famosas, por mês. Mas, pelos cálculos do CORREIO, baseados nas vendas informadas pelas próprias quituteiras, essas cifras chegam a seis dígitos.
Fizemos uma estimativa levando em conta o número médio de acarajés vendido pelas baianas ao longo de quatro semanas – contando que elas trabalharam todos os dias da semana. Às sextas-feiras e aos sábados, apontados como os dias mais movimentados, utilizamos o número máximo. Nos outros dias, fizemos a conta utilizando a menor quantidade de bolinhos informada. Além disso, assumimos que 70% dos acarajés vendidos tinham camarão, de acordo com a previsão das próprias quituteiras.
CONFIRA ESPECIAL DO CORREIO SOBRE O ACARAJÉ
E, claro: o que entra no caixa não significa lucro. Tem baiana que trabalha com mais de 20 funcionários e todas precisam arcar com os custos dos materiais, de água, da energia, do gás, do transporte... Fora a própria mão de obra. Sem contar que esses números são mais comuns no Verão. e que, em dias com chuva, muitas nem montam o tabuleiro. Claudia Assis, filha de Dinha do acaraje, Rio Vermelho (Foto: Robson Mendes/Arquivo)Acarajé da Dinha – R$ 115 mil
Nesse caso, só contamos o ponto do Rio Vermelho, onde, segundo a filha de Dinha, Cláudia Assis, até 800 acarajés são vendidos às sextas e aos sábados – quando chegam a vender um acarajé e meio por minuto. “Além da tradição, a gente mantém a qualidade e estamos numa localização privilegiada, que é um bairro boêmio e noturno”, diz Cláudia, referindo-se ao sucesso do bolinho da família.
Onde fica: No Largo de Santana (também chamado “Largo da Dinha”), no Rio Vermelho
Horário: das 16h30 à 1h da manhã
Quanto custa: R$ 8,00 com camarão/ R$ 6,00 sem camarão
Além do acarajé: também vendem abará, passarinha, bolinho de estudante, cocada, doce de tamarindo
Acarajé da Meire – R$ 64 mil
Para Meire Carvalho, que é baiana há sete anos, o segredo é saber inovar. Há cinco meses, também vende acarajé com siri catado. “Precisamos de tradição, mas inovação é sempre bom. A procura (pelo acarajé com siri) é grande”.
Onde fica: Avenida Dom João VI, Brotas, próximo à Sorveteria Amaralina.
Horário: das 15h às 23h.
Quanto custa: R$ 7,00 com camarão/ R$ 5,00 sem camarão/ R$ 8,00 com siri catado
Além do acarajé: vende abará, bolinho de estudante e cocada Tabuleiro de Cira, em Itapuã(Foto: Arquivo Correio)Acarajé da Cira – R$ 43 mil
Apesar de Cira ter um ponto tradicional em Itapuã, só foram contabilizados os acarajés do ponto do Rio Vermelho. “Por conta da reforma da Orla, o movimento caiu bastante lá (em Itapuã)”, conta a filha da baiana, Jussara dos Santos.
Onde fica: No Largo da Mariquita, no Rio Vermelho
Quanto custa: R$ 8,00 com camarão/ R$ 7,00 sem camarão
Além do acarajé: também vendem abará, passarinha, bolinho de estudanteAcarajé da Nide fica no aeroporto de Salvador (Foto: Mauro Akin Nassor)Acarajé da Nide – R$ 33 mil
A banca de Nide é uma das que dá as boas vindas aos turistas que chegam à Bahia pelo Aeroporto há 12 anos.
Onde fica: Aeroporto de Salvador
Horário: funciona 24 horas por dia
Quanto custa: R$ 8,00 com camarão/ R$ 7,00 sem camarão
Além do acarajé: abará, cocada, bolinho de estudante, biscoito de goma e beiju secoTabuleiro de Tânia, no Farol da Barra(Foto: Marina Silva)Acarajé da Tânia – R$ 28 mil
O ponto onde Tânia Nery vende seu acarajé é da família há mais de 80 anos. Foi ali que a avó e a mãe começaram a vender e onde ela aprendeu o ofício, desde os 14 anos.
No ano passado, foi uma das baianas “padrão FIFA” e pôde vender seu acarajé na Fan Fest da Copa do Mundo do Brasil.
“Tenho clientes do mundo inteiro e tudo que faço é artesanal. No meu tabuleiro, você come caruru quente, camarão quente. Me dedico única e exclusivamente a esse ponto”, conta.
Onde fica: Farol da Barra
Horário: das 12h às 23h30
Quanto custa: R$ 8,00 com camarão/R$ 7,00 sem camarão
Além do acarajé: abará, cocada