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Da Redação
Publicado em 12 de março de 2019 às 05:30
- Atualizado há 2 anos
Terminal vai ficar 34% maior após o final das duas etapas de obras, previsto para novembro de 2021 (Foto: Marina Silva/CORREIO) O Aeroporto de Salvador é a porta de entrada e de saída de muitas pessoas que escolhem a Bahia como destino. A primeira impressão causa impacto direto. É o que explica o trade turístico, que atribui parcela da crise à má gestão do equipamento pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que administrou o aeroporto até janeiro do ano passado, quando a Vinci Airports assumiu. O equipamento passa por obras e terá nova área de embarque no mês de abril.
“A primeira impressão é a mais forte e a última é a que fica. Se não for positiva, o destino não fica bem. O Aeroporto é um tipo de equipamento que não pode apresentar problema. Ele pode até não ser o responsável por trazer mais turistas, mas pode atrapalhar na volta deles para o destino”, explicou Roberto Duran, presidente da Salvador Destination.
Para ele, o equipamento é fundamental para o desenvolvimento do turismo em um local."A partir de um momento que temos um portão de entrada melhor, começamos a recuperar uma série de voos e destinos que fomos perdendo ao longo dos anos anteriores", disse Duran.O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (Febha), Silvio Pessoa, destacou que as alterações realizadas pela Vinci Airports em seu primeiro ano de administração são reivindicadas pelo trade turístico há mais de 10 anos.
“Atender a essa reivindicação já é um progresso. Precisamos de um Aeroporto moderno e à altura da nossa cidade e, infelizmente, o governo nunca teve força para cobrar o federal”, disse.
Sílvio Pessoa ainda defendeu a construção de uma nova pista com estudos de tráfegos. "Temos que continuar pensando a médio e longo prazo e não fazer obras para resolver somente problemas de agora. Temos que pensar na expansão e futuro do Aeroporto", opinou.
O aeroporto em números Além de expandir o Aeroporto de Salvador em termos de estrutura e área construída, o número de passageiros e de pousos e decolagens também aumentou no último ano, quando a empresa Vinci Airports assumiu a gestão do terminal, em janeiro de 2018, substituindo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Em 2017, foram 7,7 milhões de passageiros e 76.642 pousos e decolagens, enquanto em 2018 foram 8 milhões de passageiros e 81.470 pousos e decolagens, um acréscimo de 3,75% nos passageiros e 6,3% nos voos.
Em 2016, o Aeroporto de Salvador chegou a perder para Recife o posto de equipamento com maior volume de passageiros do Nordeste. Atualmente, a liderança voltou a ser de Salvador.
Em 2018, o terminal também ganhou novos destinos. Três internacionais: Miami (EUA), Cidade do Panamá (Panamá) e Ilha do Sal (Cabo Verde), além da expansão da conexão com Buenos Aires (Argentina), que ganhou mais duas frequências semanais, e das rotas domésticas para Goiânia (GO) e João Pessoa (PB).
A previsão de expansão da área total do Aeroporto de Salvador é de 34%, aumentando dos atuais 64.550 m² para 86.550 m² de área construída.