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Bruno Wendel
Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 12:55
- Atualizado há 2 anos
Uma reunião na Secretaria de Segurança Pública (SSP) com as empresas Uber e 99 Pop e representantes dos motoristas de aplicativo será agendada para discutir medidas de segurança para a categoria. A medida foi adotada após um encontro entre o sindicato da classe e representantes da pasta, na manhã desta segunda-feira (16), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). >
Após o encontro na SSP, representantes do sindicato e a categoria seguiram em carreta na Avenida Paralela rumo às sedes das empresas Uber e 99 Pop, na Avenida Tancredo Neves. Eles pretendem ocupar os prédios até que suas reivindicações sejam atendidas de forma imediata, como o fim da taxa de cancelamento e a instalação de um dispositivo de biometria. >
Durante o encontro com o subsecretário de Segurança Pública Ary Pereira de Oliveira, o comandante-geral da PM Anselmo Brandão e o delegado-chefe da Polícia Civil Bernardino Brito, o presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter), Átila Santana. disse que a reunião para discutir as.medidas de segurança com as empresas será na semana que vem. A assessoria da.SSP confirmou o fato, porém sinalizou que não há uma data marcada, pois é necessário primeiro acionar formalmente as empresas. >
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Durante a conversa, foi pontuada a necessidade de instalação de um botão de pânico. "Se tivesse esse dispositivo, o primeiro teria acionado e evitando a morte dele e dos demais", disse o presidente do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia. Outra medida foi levada em questão. "A utilização de palavras chaves que indiquem que o motorista está em situação de perigo. Códigos seriam enviados para uma.central que por sua vez, acionaria a polícia", disse.>
Os superintendentes de Gestão Tecnológica e Organizacional e de Telecomunicações da SSP, coronel Marcos Oliveira e o tenente-coronel Antônio Carlos da Silva Magalhães, fizeram sugestões de ações que serão apresentadas às empresas no encontro. A SSP diz que já tem um canal exclusivo para direcionar as ocorrências que envolvem a categoria.>
O subsecretário também informou os representantes sobre o andamento das investigações sobre a chacina com motoristas. "A polícia está toda empenhada em elucidar este crime bárbaro, sem precedentes. Um crime totalmente atípico que não ficará sem resposta”, garante. (Foto: Divulgação) Por volta das 12h a carreata chegou ao Edifício Holding Empresarial, an Avenida Tancredo Neves, onde funciona a sede da Uber em Salvador. O presidente da categoria Átila foi o único que teve acesso liberado pelos seguranças do prédio. >
Enquanto isso, os demais manifestantes se concentraram nas escadarias do prédio e bloquearam o acesso à Rua Ewerton Visco. À curta distância estavam policais militares que acompanhavam os rumos do protesto. >
Pouco depois das 14h, alguns carros usados pelos manifestantes foram estacionados à direita da Avenida Tancredo Neves, ainda em função do prosteto, para dificultar o trânsito no local.>
Empresas Em nota, a Uber diz que "segurança é prioridade" e que "está sempre buscando, por meio da tecnologia, para fazer da plataforma a mais segura possível de uma forma escalável". A empresa cita que o app exige que o passageiro insira o CPF e data de nascimento para pagar só em dinheiro, checando os dados no Serasa.>
Desde o ano passado, a empresa usa o recurso de machine learning no Brasil, com algoritmos aprendendo de forma automatizada a partir de dados para bloquear viagens mais arriscadas, a menos que o usuário forneça mais dados de identificação.>
Todas as viagens são registradas por GPS e há um botão, "Recursos de Segurança", que reúne todas as informaçõs sobre o tema na plataforma. É possível compartilhar a localização com quem desejar - tanto motoristas quanto passageiros. Também há opção de ligar para a polícia em situações de risco ou emergência diretamente do app.>
Durante cada viagem, tanto os motoristas parceiros quanto os usuários estão cobertos por um seguro da Uber para acidentes pessoais, acrescenta.>
A 99 diz em nota que também trata a segurança como prioridade "antes, durante e depois das corridas". "É por isso que a empresa investe continuamente em sistemas preventivos, ferramentas de proteção e atendimento humanizado. Como formas de prevenção antes das chamadas, a companhia mostra aos motoristas informações sobre o destino final, a nota do passageiro e se ele é frequente -- além de exigir que todos os passageiros incluam CPF ou cartão de crédito. Durante o trajeto, ferramentas como câmeras de segurança e compartilhamento de rotas estão disponíveis. Depois das viagens, uma central telefônica 24h para emergências oferece apoio imediato em caso de necessidade", diz o texto.>
Segundo a 99, o motorista é alertado se a corrida é para alguma área considerada de risco e cabe a ele decidir se aceita a corrida. Diz ainda que a inteligência artificial do app "vasculham padrões de comportamento suspeitos em poucos segundos no ato da chamada e adotam medidas automáticas, que incluem bloqueios e confirmação de dados". >
A empresa faz ainda cursos presencias para os motoristas com orientações sobre seguranças, indicando tipos de corridas suspeitas, zonas de risco e explicando a central de atendimento emergencial. O app oferta ainda câmeras embarcadas no carros, ligadas à Central de Segurança, com um botão de emergência para casos de necessidade.>
Também é possível compartilhar uma corrida com algum contato de confiança - tanto motorista quanto passageiro. Todos que fazem uma corrida estão segurados pela empresa.>