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Restaurante da Graça recebe críticas após instalar garras de ferro em canteiro

Após repercussão, material foi retirado do lugar

  • D
  • Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2022 às 17:45

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Reprodução

Uma atitude do restaurante Mignon, localizado no bairro da Graça, em Salvador, chamou atenção nas redes sociais. O estabelecimento decidiu colocar garras de ferro pontiagudas na entrada do local e a decisão foi bastante criticada. Após a repercussão, o material foi retirado do lugar. 

O assunto ganhou tanta repercussão que o Padre Júlio Lancelotti, ativista na causa das pessoas em situação de rua em São Paulo, compartilhou a foto em suas redes sociais, expondo as garras instaladas pelo restaurante com a seguinte legenda: "Salvador. Bahia. Inacreditável”.  A publicação já possui 28.648 curtidas e mais de dois mil comentários.

A vereadora de Salvador Maria Marighella (PT) também publicou o seu descontentamento com a atitude do restaurante e afirmou que as garras servem não só para afastar pessoas e usos “indesejados", mas que também pode oferecer risco a crianças, pessoas com deficiência ou quaisquer outros pedestres desavisados. 

“Que cidade é esta que permite intervenção tão violenta literalmente ao alcance das mãos? A quem interessa este modelo de cidade que, em troca de uma suposta preservação do patrimônio privado, coloca em risco a vida das pessoas? Não podemos naturalizar a existência de elementos que expulsam as pessoas dos espaços da cidade ao invés de acolhê-las”, questionou a vereadora. 

Lucas Gonçalves, presidente da Salvador Invisível, ONG que presta assistência às pessoas em situação de rua na capital baiana, afirmou que o ato de instalar garras pontiagudas ou qualquer material que possa ferir alguém em um lugar que pessoas podem sentar, cair ou tocar com as mãos é uma tragédia anunciada. Além disso, a atitude se encaixa dentro do conceito de arquitetura hostil, que visa "higienizar" para segregar. "O restaurante está utilizando uma estratégia desumana de higienização para dificultar o acesso e a presença de pessoas em vulnerabilidade, especialmente pessoas em situação de rua", argumenta o ativista. 

Nas redes sociais, após a repercussão negativa, o restaurante que tem um dos quilos mais caros da cidade, publicou uma nota de esclarecimento e informou que a estrutura só foi colocada no espaço por conta de uma caixa d'água no local, que já teria sido roubada várias vezes.

“Depois de diversos questionamentos sobre o material escolhido e consultoria com arquitetos, a empresa decidiu substituir as ponteiras por outro sistema de proteção. O Mignon pede desculpas pelo transtorno e agradece a todos que colaboraram para a criação de uma solução mais eficaz”, afirmou o restaurante, em nota.