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Professores da rede municipal de Salvador iniciam greve por tempo indeterminado

Categoria cobra reajuste salarial de 33,24%; prefeitura oferece 6% e diz que o piso salarial é pago

  • D
  • Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2022 às 20:06

. Crédito: Foto: divulgação/APLB

Professores da rede municipal de Salvador iniciaram, nesta quinta-feira (19), uma greve por tempo indeterminado. A categoria cobra da Prefeitura um reajuste salarial de 33,24%. A rede tem 7.600 trabalhadores e 429 escolas. 

Os professores fizeram uma assembleia geral com os profissionais da Rede Municipal de Ensino na Praça Municipal às 9h desta quinta, quando declararam greve. O presidente da Associação de Professores Licenciados do Brasil (APLB), da seção de Salvador, Rui Oliveira, informou que a categoria pede, além do reajuste salarial, melhores condições de trabalho e correções que correspondem às perdas inflacionárias. Segundo a APLB, a adesão no primeiro dia de greve foi de 90% das escolas. 

"Tem seis anos que o governo municipal não concede reajuste. As perdas inflacionárias chegam a 54%. Então o poder de compra foi reduzido pela metade, o que a gente comprava há seis anos, hoje não compramos nem pela metade. O governo ofereceu 6% de reajuste, mas a categoria não aceita", explicou Rui. 

A prefeitura de Salvador informou que, atualmente, a folha do Magistério municipal já consome mais do que 100% dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Além disso, eles afirmam que a prefeitura não só já cumpre o piso salarial da categoria, conforme decisão do STF, mas também assegura uma das melhores remunerações do Brasil para os professores da rede pública.

"Após sucessivas rodadas de negociação e, mesmo diante das diversas concessões realizadas pela Prefeitura Municipal de Salvador, a categoria dos professores decidiu, infelizmente, iniciar um movimento grevista. Após dois anos praticamente sem aula, esta decisão representa um incalculável prejuízo para as crianças que dependem da rede municipal de ensino e que, mais do que nunca, precisam recuperar o tempo que a pandemia lhes tirou", declarou a prefeitura por meio de nota. 

Como decorre da lei, o movimento grevista expõe os professores aos descontos em seus contracheques pelos dias não trabalhados. "Por isso, a prefeitura mantém a postura de negociação, aguardando a sensibilidade da categoria para resolver a situação com serenidade", finalizou.