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Prefeitura abre licitação para requalificação da orla de Stella, Flamengo e Ipitanga

Área contemplada é equivalente a mais de 100 estádios de futebol

  • D
  • Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2019 às 10:58

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Imagem: Divulgação/Secom

Foi publicado no Diário Oficial do Município desta sexta-feira (27) a licitação para requalificação dos trechos de orla de Stella Maris, Flamengo e Ipitanga. Com uma área equivalente a mais de 100 estádios de futebol, o projeto é o maior em extensão, se comparado com as intervenções anteriores em áreas litorâneas.

Ao todo serão 4,7 km de extensão e 400 mil m² de área de obras, incluindo uma parte da faixa de orla marítima e as ruas de acesso às praias. A intervenção terá início na Rua Professor Carlos Ott, na praia de Stella Maris e, seguirá até o limite com a Rua Santo Antônio de Ipitanga, na praia de Ipitanga, próximo ao kartódromo.

A requalificação tem previsão de duração de 18 meses e investimento previsto de aproximadamente R$ 41 milhões, com recursos financiados pelo acordo de empréstimo número 3682/OC-BR (BR-1412), resultante de ação do Programa do Desenvolvimento do Turismo (Prodetur).

O projeto de requalificação foi elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e prevê a mínima interferência na morfologia natural da área, garantindo a acessibilidade às áreas públicas e às praias, além do respeito ao meio ambiente e preservação das dunas do local.

“Essa intervenção vai transformar a região de Stella Maris, Flamengo e Ipitanga. Se, por um lado, vai melhorar a infraestrutura para quem mora por aqui, com implantação de quadras esportivas, pistas de patins e skate e parques infantis, por outro vai fortalecer ainda mais o turismo dessa região, qualificando os espaços e facilitando os acessos para os visitantes”, destacou o prefeito ACM Neto.

A obra conta com três trechos de intervenções, sendo eles: o de Stella Maris, com 1.130 metros, entre a rua Carlos Ott e o início do loteamento Praias do Flamengo; o do Flamengo, com 2.085 metros, entre o Loteamento até a Alameda Cabo Frio; e o de Ipitanga, com 1.600 metros, da Alameda Cabo Frio até a Rua Santo Antônio de Ipitanga.

Todas as intervenções que serão realizadas ao longo das praias estão fora da linha impeditiva, estando em consonância com a legislação municipal, estadual e federal e com a anuência da Superintendência do Patrimônio da União (SPU). A obra preserva as características originais, como a manutenção do cordão de dunas além da recomposição e manutenção da cobertura de restinga.

"Fico muito feliz em poder trazer, junto com o prefeito ACM Neto, um projeto tão importante para essa região, que é muito estratégica quando falamos de turismo em Salvador. Ganham os moradores, os visitantes da cidade, os comerciantes e também os turistas", afirmou o secretário municipal de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco.

Espécies nativas Para a requalificação, foi priorizada o uso de espécies nativas para recomposição da mata. As vegetações existentes serão preservadas, inclusive com a preocupação de protegê-las durante todo o período da obra, com isolamento e sinalização. As espécies que precisarem ser removidas serão transplantadas para áreas remanescentes.

Durante a elaboração do projeto, pelo menos três reuniões com moradores e comerciantes da região foram realizadas para discutir o projeto proposto. Em todas elas foram registradas a participação de mais de 100 pessoas.

O projeto de requalificação contempla a implantação de urbanização, infraestrutura urbana, iluminação pública e equipamentos urbanos, além de requalificação ambiental e tratamento paisagístico ao longo da área de intervenção. Em alguns trechos da intervenção, o acesso por veículos se dará até bolsões de estacionamento que serão otimizados e ampliados, com pavimentação em blocos intertravados, que possuem permeabilidade e geram menor impacto ao meio ambiente.

As intervenções urbanísticas no local envolvem a construção de ciclovias, quadra de futebol, de vôlei, poliesportiva, pista de patins, espaços de convivência, pista de skate, espaço para ioga, parques infantis, centro de apoio ao surfista, sanitários públicos, quiosques, além de módulos de apoio aos salva-vidas, dentre outros.

O projeto também prevê ciclovias segregadas para bicicletas, vias exclusivas de veículos e passeios para pedestres, além de trechos compartilhados e trilhas.

Intervenções A Prefeitura já realizou 20 intervenções em trechos da orla de Salvador, como nos de São Tomé de Paripe, Tubarão, Rua Almeida Brandão, Ribeira (três trechos), Barra (três trechos), Rio Vermelho (três trechos), Boca do Rio (dois trechos), Jardim de Alah, Piatã, Itapuã (dois trechos), Praça Wilson Lins (Pituba) e Ponta de Humaitá. Ao todo, foram 646.990 metros² de obra realizada e 20,55 km de orla requalificados.

Além do trecho de Stella Maris à Ipitanga, outros intervalos da orla também receberão intervenções em breve. O trecho que engloba Amaralina à Pituba, de 3,3 km, está em licitação pela Prefeitura. Já a área de Periperi à Praia Grande, que corresponde a 2,6 km, aguarda definição do traçado do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para início do projeto. Boa Viagem está em fase de produção de projeto. O entorno do Farol de Itapuã e o Parque dos Ventos estão em execução da obra.