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Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 17:14
- Atualizado há 2 anos
O papa-capim foi o animal mais resgatado no ano passado pela Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa). A unidade da Polícia Militar recebe chamados da população para capturar animais.>
Nos 10 primeiros meses do ano, comparando com o mesmo período de 2016, houve um aumento de 2,6% no número de animais resgatados pela Coppa. Em 2016, foram 2.633 casos (2.123 apreensões e 510 resgates). Em 2017, o número foi de 2.707 (2.192 apreensões e 515 resgates), aumento de 74 casos.>
Além de pássaros, estão incluídos cobras e iguanas. A maioria dos casos foi em Salvador. Em agosto, na localidade do Pela Porco, 48 pássaros engaiolados prontos para serem comercializados foram apreendidos.>
De janeiro até outubro de 2017, 15 pessoas foram presas, uma apreendida e nove termos circunstanciados foram lavrados. A Coppa teve aumento de cerca de 160% nas operações de combate a crimes contra fauna e flora. >
“Há animais, como o papagaio, mantidos dentro da casa como alguém da família”, diz a comandante da Coppa, major Maria Aparecida Melo. Ela diz que há uma cultura em se manter animais silvestres em cativeiro, mas é preciso entender que isso é crime.>
Ela explica que animais considerados exóticos e que não fazem parte da fauna brasileira podem ser criados em casa, como por exemplo pássaros calopsitas e e canário-belga. A Coppa promove ações de educação ambiental para explicar o risco de extinção de alguns espécimes por conta da caça e cativeiro. “Trabalhamos para que crianças e adolescentes desenvolvam uma consciência ambiental, passem o que aprenderem adiante e cresçam sabendo que tirar animais da natureza é crime”, acrescenta.>
Os animais resgatados são levados para centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), onde passam por atendimento de veterinário. Depois de tratados, são devolvidos à natureza ou, caso não se adaptem à liberdade, segundo avaliação, seguem para zoológico ou criadouro.>