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Gabriel Amorim
Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 16:23
- Atualizado há 2 anos
Um novo protesto de motoristas de aplicativo de transporte travou o trânsito na tarde desta segunda-feira (16). A manifestação da categoria acontece na Avenida Tancredo Neves, nas proximidades do Sumaré, mas os reflexos se estende pela Paralela e Avenida ACM, de acordo com informações da Transalvador.
Enquanto isso, na Tancredo Neves há cerca de 800 motoristas parados. A categoria de motoristas de aplicativo se reuniu para protestar em frente à sede da Uber em Salvador, na Avenida Tancredo Neves. A estimativa de participantes do ato é do Sindicato dos Motoristas por Aplicativos e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter).
A parada desta segunda feira (16) busca o atendimento a algumas reivindicações da categoria, principalmente no que se refere à identificação do passageiro e ao fim da chamada taxa de cancelamento estabelecidas pelas plataformas. "A Uber tem posturas que não condizem com essa propaganda de parceira que eles dizem. Hoje se eu cancelo uma corrida minha taxa de aceitação cai e eu posso ser bloqueado", conta um dos diretores jurídicos do Sindicato Ricardo Carvalho.
Representantes do sindicato e da empresa estão em reunião naa sede da empresa desde às 13h30. Segundo informações dos próprios motoristas, a sede da 99 Pop está fechada e sem funcionário. Após reunião, o presidente do sindicato, Átila Santana, informou que a Uber se comprometeu a atender todas as demandas de segurança exigidas pela categoria no prazo de duas semanas.
Em nota, a Uber diz que "segurança é prioridade" e que "está sempre buscando, por meio da tecnologia, para fazer da plataforma a mais segura possível de uma forma escalável". A empresa cita que o app exige que o passageiro insira o CPF e data de nascimento para pagar só em dinheiro, checando os dados no Serasa.
Desde o ano passado, a empresa usa o recurso de machine learning no Brasil, com algoritmos aprendendo de forma automatizada a partir de dados para bloquear viagens mais arriscadas, a menos que o usuário forneça mais dados de identificação.
Todas as viagens são registradas por GPS e há um botão, "Recursos de Segurança", que reúne todas as informaçõs sobre o tema na plataforma. É possível compartilhar a localização com quem desejar - tanto motoristas quanto passageiros. Também há opção de ligar para a polícia em situações de risco ou emergência diretamente do app.
Durante cada viagem, tanto os motoristas parceiros quanto os usuários estão cobertos por um seguro da Uber para acidentes pessoais, acrescenta.
A 99 diz em nota que também trata a segurança como prioridade "antes, durante e depois das corridas". "É por isso que a empresa investe continuamente em sistemas preventivos, ferramentas de proteção e atendimento humanizado. Como formas de prevenção antes das chamadas, a companhia mostra aos motoristas informações sobre o destino final, a nota do passageiro e se ele é frequente -- além de exigir que todos os passageiros incluam CPF ou cartão de crédito. Durante o trajeto, ferramentas como câmeras de segurança e compartilhamento de rotas estão disponíveis. Depois das viagens, uma central telefônica 24h para emergências oferece apoio imediato em caso de necessidade", diz o texto.
Segundo a 99, o motorista é alertado se a corrida é para alguma área considerada de risco e cabe a ele decidir se aceita a corrida. Diz ainda que a inteligência artificial do app "vasculham padrões de comportamento suspeitos em poucos segundos no ato da chamada e adotam medidas automáticas, que incluem bloqueios e confirmação de dados".
A empresa faz ainda cursos presencias para os motoristas com orientações sobre seguranças, indicando tipos de corridas suspeitas, zonas de risco e explicando a central de atendimento emergencial. O app oferta ainda câmeras embarcadas no carros, ligadas à Central de Segurança, com um botão de emergência para casos de necessidade.
Também é possível compartilhar uma corrida com algum contato de confiança - tanto motorista quanto passageiro. Todos que fazem uma corrida estão segurados pela empresa.
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro