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Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2017 às 13:05
- Atualizado há 2 anos
O projeto de requalificação do Mercado de São Miguel, na Baixa dos Sapateiros, está pronto. Nesta madrugada, um dos 30 boxes do local pegou fogo e três corredores foram interditados. O projeto foi elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira, com o objetivo de promover o resgate histórico do espaço. Projeção mostra como vai ficar o Mercado de São Miguel após requalificação (Divulgação/Secom) “O valor do mercado é o próprio valor simbólico e histórico das pessoas que frequentavam o local para consumir comidas tradicionais, produtos regionais e festividades como a de Santa Bárbara. O projeto foi totalmente modificado, no sentido de que desse um impacto de contraste interessante de uma região como a do Centro Histórico. É preciso atrair as pessoas para o mercado, que é um elemento importante dentro de uma série de outros projetos que a Prefeitura vai desenvolver na região”, explica a presidente da FMLF, Tânia Scofield.
Segundo a prefeitura, a proposta é de uma arquitetura contemporânea do mercado, com o intuito de causar impacto a uma região que tem sofrido problemas com a economia, a degradação e o despovoamento. Serão 50 boxes no térreo, com estacionamento, sanitários e equipamentos de acessibilidade. Além disso, será implantado um mezanino com exposições artísticas e pequenas apresentações musicais.
“É bom lembrar que o Mercado de São Miguel ficou muitos anos sob a responsabilidade do governo do estado, que deveria ter recuperado o espaço, mas não fez. Nós fechamos um projeto básico, conceitual do mercado. Estamos com o projeto executivo para licitar o mercado de São Miguel, completamente diferente do que existe hoje. Hoje não existe mercado, o que existe ali é um resquício do que havia no passado”, disse o prefeito ACM Neto, durante coletiva de imprensa sobre o Festival da Virada, nesta terça-feira (5).
A fachada será composta por uma estrutura metálica e de uma área verde urbana, para ampliar o corredor de acesso ao mercado. De acordo com a prefeitura, a estimativa é de que todos os projetos complementares, a exemplo dos sistemas elétrico e hidrossanitário, estejam concluídos até novembro deste ano.
O mercado foi construído em 1965 e possuía mais de 100 boxes instalados em uma área de 1.600 m². A estrutura faz parte de uma área tombada, juntamente com o Pelourinho, como Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).