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Priscila Natividade
Publicado em 19 de setembro de 2022 às 06:00
- Atualizado há 2 anos
Enquanto o carnaval não chega, muita gente aproveitou o domingo para ir atrás do pranchão do grupo Mudei de Nome, que deu a volta, pela primeira vez, na pista da Orla, atrás do Parque dos Ventos, na Boca do Rio. O projeto Volta da Volta foi uma das atrações do quarto dia da 8ª edição do Festival da Primavera, que retorna no próximo fim de semana com mais atrações espalhadas em diversas áreas da cidade, após dois anos de pausa por conta da pandemia.“Essa área do Parque dos Ventos é um espaço novo e a volta do Mudei, atrás do trio, nesse lugar, de frente para o mar, com o público adorando... Um lugar fantástico, de repente, já é um teste de um novo circuito aqui para o Carnaval. Temos hoje umas 7 mil pessoas aqui”, destacou Isaac Edington, presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur).Em cima do pranchão, a banda formada Ricardo Chaves, Ramon Cruz, Jonga Cunha e Magary Lord puxaram os foliões que estão com saudade da folia de rua, tocando sucessos da música baiana como Selva Branca, Tantinho e We Are the World of Carnaval. “O mais importante disso tudo é a gente estar voltando, depois de anos difíceis para todos nós. Esse é nosso jeito de fazer festa”, afirmou o músico Jonga Cunha.
A presença do grupo é tradição no festival desde 2015, com a Volta da Volta no Dique do Tororó.“É uma alegria voltar a ver todos de novo depois de muito tempo. A gente quer dizer que a volta no Dique não vai deixar de existir, não. Vamos esperar só terminar as obras que vai ter pranchão no Dique de novo também. Tradição é tradição e é para ser cumprida”, disse Ricardo Chaves.E quem fez questão de atender ao chamado do grupo foi a administradora Luciara Pinheiro, 43 anos. “Coloquei minha melhor roupa, 'look' de carnaval e vim. Saudade dessa movimentação na rua, de ver as pessoas interagindo. Nova estação, novo ciclo, como toda alegria e esperança de que as coisas vão melhorar”, festejou.
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A autônoma Marinês Bispo, 50 anos, levou também o filho Pedro Henrique de Jesus, 14, para curtir a festa.“Depois de tanto tempo é bom dar uma aliviada, sair um pouco. Esse é o primeiro evento que a gente está participando na pandemia. Foi muito difícil ficar dentro de casa, tanto para mim quanto para meu filho”, afirmou.Para a psicóloga Olga Marques, 42, agora é só esperar o carnaval. “Finalmente voltamos. Já tive covid três vezes, tomei todas as doses da vacina. Agora é contar os dias para fevereiro”, contou. Amiga de Olga, a psicóloga Sabrina Figueira, 42, é mais uma que só está aguardando esse momento: “É a esperança de que as coisas estão voltando à normalidade”.
A dentista Estela Soares, 48 anos, no entanto, admite que o medo da pandemia ainda existe, porém, mantendo os cuidados, todo mundo pode se divertir: “A covid entrou em um nível onde a gente vai retornando a vida normal, mas seguindo os cuidados”.
E nem a chuva segurou o administrador Obson Ricardo, 43, que, além de gostar de Carnaval, é também fã do grupo Mudei de Nome. “Depois de todos esses problemas da pandemia, a gente está renascendo. Vim para me divertir. Atualmente, para mim, o Mudei de Nome é a melhor formação de banda de axé, pela música boa, pelo público. É a cara de Salvador”, opinou.
Também nesse domingo, o público do festival da Primavera conferiu o evento Tem Chorinho na Praça, no Campo Grande, que reuniu os artistas Armandinho, Luciano Calazans e mais convidados dos grupos Janela Brasileira, Quadra Moderna e Som do Sisal. Já o grupo Gang do Samba, que faria show no Largo do Pelourinho, às 17h, teve a apresentação transferida para o próximo dia 24, no mesmo horário, no Largo do Cruzeiro do São Francisco.
A programação musical do Festival da Primavera teve início na última sexta-feira (16), na Praça Marechal Deodoro, Comércio, conhecida como a Praça da Mãozinha, onde subiram ao palco os artistas Melly, Afrocidade e DJ Belle. No sábado (17) foi a vez do Encontro Metropolitano de Filarmônicas e teve ainda Primavera Sunset com DJ Xirita, Tiri, Nêssa e Digo, Gibi e Sistema Pagotrap.
Até o domingo (25) tem mais shows, esportes, feiras de rua, apresentações teatrais, poesias e opções de lazer. Para o presidente da Saltur, o balanço do primeiro fim de semana do evento já mostra resultados positivos.“A gente teve uma abertura extraordinária na Praça da Mãozinha, com uma grade com frescor da nova música. Era um lugar que já queríamos fazer algo, ainda mais agora no pós-pandemia. Tivemos belíssimas apresentações no Terreiro de Jesus também, temos uma programação bacana em diversos pontos da cidade e aqui, hoje, é um prazer colocar o trio na rua em um lugar novo, onde também teremos a Maratona Salvador”, ressaltou Edington.PROGRAMAÇÃO MUSICAL
23 de setembro (sexta-feira)
. Shows no Trio Elétrico com Pericles, Leonardo, e Lincon, às 18h, Praça da Revolução, Periperi
. Ocsal, no Largo do Cruzeiro de São Francisco, no Pelourinho, às 18h 24 de setembro (sábado)
. Elas Cantam Bossa Nova - Largo da Mariquita, no Rio Vermelho com Roberta Campos, Elaine Fernandes, Marcia Short, Wil Carvalho, Cátia Gimma, às 18h/ 19h40 - 20h/ 22h
. Gerônimo, no Largo do Cruzeiro de São Francisco, no Pelourinho, às 19h
25 de setembro (domingo)
. Vamos ver o pôr do sol – Jammil, na Ponta do Humaitá, na Ribeira, às 16h
. Paulinho Boca de Cantor convida Arnaldo Antunes, no Palco Rio Vermelho das 18h às 19h40. Das 20h às 22h, quem sobe ao palco no Largo da Mariquita é o cantor Márcio Mello
. Trio elétrico com Danniel Vieira e Psirico das 18h/19h e 19h40/ 21h, no Campo da Pronaica, em Cajazeiras . Shows de Juan e Ravena às 10h e Tuca Fernandes, às 13h, no Parque da Cidade
. Orquestra Fred Dantas, no Largo do Cruzeiro de São Francisco, no Pelourinho, às 18h30