Moradores do Boiadeiro fazem protesto pedindo segurança na região

Na quarta, trio queimou ônibus depois de protesto por morte de jovens

Da Redação Atualizado às 20h26

Moradores da região do Boiadeiro, em São Bartolomeu, fazem um protesto na noite desta sexta-feira (31) no local pedindo por mais segurança e depois da morte de dois jovens na última terça-feira (28). Eles negam a informação divulgada pela polícia de que os dois rapazes morreram em uma disputa ligada ao tráfico de drogas na região.

De acordo com a 14ª Companhia Independente de Polícia Militar, o protesto hoje acontece de maneira pacífica e ordeira, com os moradores aproveitando os sinais de trânsito fechado para exibir cartazes e se manifestarem. O trânsito no local não está interrompido, segundo a PM.

Já os manifestantes acusam a Polícia Militar de intimidação e truculência. "Tentaram prender o advogado da gente, deram tiro pra cima e deram tapa na cara do advogado", diz Hamilton Borges, da Campanha Reaja, falando de um advogado que acompanha a investigação dos crimes. Ele promete novos protestos na semana que vem. "Só vamos parar quando o secretário de Segurança vier conversar com a gente", diz.

Na quarta-feira, na mesma região, houve um protesto no local que terminou em tumulto - moradores acusam a polícia de ter reprimido a manifestação com violência e truculência. Logo depois da manifestação, que chegou a interromper o tráfego na região, um ônibus da empresa Axé foi queimado. Três homens obrigaram os passageiros, cobrador e motarista a saírem do veículo e tocaram fogo. Ninguém foi preso.

Homens pediram para passageiros descerem do ônibus e queimaram veículo

CrimeAlex Carlos dos Santos, 19 anos, e Luiz Henrique Sacramento Cerqueira, 20 anos, trabalhavam no ramo da construção civil, segundo os moradores da região. De acordo o Posto de Polícia do Hospital do Subúrbio, os rapazes eram vizinhos estavam em um campo de futebol da região, por volta das 21h, quando foram alvejados. Após ser atingido por disparos de arma de fogo, Alax Carlos correu para casa pedindo socorro. Familiares das vítimas levaram os jovens para o Hospital do Subúrbio, onde eles deram entrada sem vida por volta das 22h.

Testemunhas dizem que um Gol preto parou do lado dos dois rapazes e quatro homens usando máscaras abriram fogo contra eles. Os corpos foram sepultados na última quarta-feira (30) no Cemitério de Plataforma.

O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).