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Fernanda Santana
Publicado em 13 de agosto de 2019 às 05:15
- Atualizado há 2 anos
Irmã Dulce não tinha medo da morte. Era discípula de São Francisco, santo que chamava a morte de irmã, aquela que nos possibilita a eternidade. E nem a morte conseguiu degenerar a força da senhora que tirava do próprio bolso e da própria boca, se preciso, para servir ao outro.
A mesma que, por 30 anos, já fragilizada, dormiu numa cadeira de madeira em sinal de agradecimento por uma graça alcançada em nome da irmã, Dulcinha. A história da santa será lembrada nesta terça-feira (13), na festa em sua homenagem. É a última antes de Irmã Dulce ser considerada santa, a Santa Dulce dos Pobres.
A data remete ao ingresso de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, em 1933, na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Naquele ano, aos 19 anos, passou a se chamar Irmã Dulce, uma homenagem à mãe.
A programação na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Santuário do Largo de Roma, terá início às 9h, com uma missa solene celebrada pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger. Às 12h, será celebrada outra missa, e a última, às 18h. A cantora Margareth Menezes participará da celebração.
A organização acredita que o anúncio da canonização deve atrair ainda mais participantes neste ano. A turista de São Paulo Maria Aparecida, por exemplo, reservou o dia anterior à festa para visitar as Obras e se preparava para, nesta terça (13), homenagear a religiosa. “Nossa família é muito católica. Estar aqui, vendo a obra dela, é muito especial”, diz a aposentada.
É a nona edição da festa litúrgica em homenagem a Irmã Dulce. A capacidade da Igreja Imaculada Conceição da Mãe de Deus é de 1,3 mil pessoas sentadas, mas a Osid espera um templo lotado, como tem ocorrido desde o anúncio da canonização, em maio deste ano. O santuário da beata permanecerá aberto para visitas, e, até o final de setembro, o corpo da santa será exposto definitivamente no santuário.