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Tailane Muniz
Publicado em 17 de agosto de 2018 às 18:39
- Atualizado há 2 anos
Laudo cadavérico não constatou substâncias toxicológicas em duas vítimas, mas novas análises serão feitas (Foto: Reprodução) O laudo cadavérico preliminar dos corpos da marisqueira Adriane Ribeiro Santos, 23 anos, e de sua filha, Ruteh Santos da Conceição, 2, não encontraram substâncias toxicológicas. Adriane e Ruteh, além de Greisse, 5, morreram nas três últimas segundas-feiras - entre 30 de julho e 13 de agosto, em Maragojipe, no Recôncavo baiano. A polícia investiga a possibilidade delas terem sido envenenadas. >
De acordo com a Polícia Civil, a médica do Departamento de Polícia Técnica (DPT) solicitou novos testes pois não considerou o resultado suficiente para atestar a causa das mortes. Responsável pela investigação do caso, o delegado Marcos Veloso solicitou, nesta sexta-feira (17), a exumação do corpo de Greisse, que foi a primeira a morrer e acabou sendo enterrada por "morte natural". O pedido de exumação depende de uma decisão da Justiça.>
Por meio da assessoria, a Polícia Civil desmentiu, nesta sexta (17), boatos de que o marido e pai das vítimas, o pescador Jeferson Eduardo Brandão, 29, estaria internado após passar mal.>
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Investigações Tia das crianças e cunhada de Adriane, a funcionária pública Ana Paula Brandão, 35, disse que a família não tinha inimigos. Segundo Ana, o irmão, Jeferson, não come desde a morte da filha mais velha.>
"Quando a primeira menina morreu, eles já ficaram muito desesperados. Foi um baque para os dois. Eles [o casal] eram muito unidos, se amavam e amavam as filhas", contou ao CORREIO. Polícia solicitou exumação do corpo de filha mais velha (Foto: Reprodução) As mortes ocorreram, pontualmente, nas últimas segundas-feiras. Primeiro Greisse, depois Ruteh e, por último, Adriane. Ambas apresentaram sintomas de mal estar e, ao serem levadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, vieram a óbito. O cachorro de estimação da família também morreu.>
Ana Paula disse à reportagem que quando Ruteh faleceu, Adriane entrou em choque no hospital."Ela repetia: 'meu Deus, Paulinha, de novo? De novo, não! Pelo amor de Deus, o que é que está acontendo? Isso é um pesadelo'", lembrou a cunhada.A irmã de Jeferson afirmou que o pai das crianças não estava em casa quando a filha mais nova, Ruteh, foi socorrida por Adriane. Na casa da mãe, ele ficou sabendo da morte da menina e, segundo ela, entrou em desespero.>
"Ele não se conforma. Não entende. E o que mais nos machuca é o fato de que algumas pessoas estão culpando ele. As mesmas pessoas que, no início, chegaram a culpar Adriane", pontuou."Eu ouvi Jeferson e ele negou qualquer envolvimento. Ele afirmou que a família se convertou recentemente à religião evangélica e que se davam muito bem", complementou Ana.O delegado comentou que não citaria os suspeitos do que pode ter sido um crime planejado. "Estamos investigando. É possível, sim, que o cachorro também tenha sido vítima de um alimento contaminado. Nós recolhemos resto de chocolate e um líquido suspeito serão periciados", completou.>
Ana Paula Brandão confirmou à reportagem que ela, o irmão e outras cinco pessoas também prestaram depoimento nessa quinta-feira (15). "Meu irmão está bastante abalado e não se alimenta, só bebe líquido", concluiu. >