Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Fisioterapeuta vítima de 68 facadas na Bonocô fala em júri: 'Pedi para parar diversas vezes'

Isabela Oliveira Conde foi ouvida na manhã desta segunda-feira (22) no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 22 de agosto de 2022 às 13:20

. Crédito: Marina Silva

Dois anos após ser vítima de 68 facadas dentro de um veículo na Avenida Bonocô, em Salvador, e precisar se fingir de morta para sobreviver, Isabela Oliveira Conde voltou a ser ouvida em tribunal no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, nesta segunda-feira (22). A fisioterapeuta relembrou a ação dos acusados Fábio Barbosa Vieira, ex-namorado e mandante do crime, e Alex Pereira dos Santos - que agiram com mais um homem ainda não identificado - na audiência que leva os dois à júri popular e é a última fase do processo contra os dois, que já confessaram o crime.

Isabela não conversou com a imprensa após o início do julgamento e se mostrou abalada depois de relembrar o ataque que sofreu perante o júri. "Eu pedi para parar diversas vezes. Em todo o momento que eles estavam me esfaqueando e segurando, eu falei com Fábio, tentei entender porque ele estava fazendo aquilo e continuou dirigindo. Pensava que ia morrer, mas queria saber o porquê", disse ela, ao relatar a série de agressões que sofreu após entrar no veículo com os acusados. 

Isabela relatou também o momento em que percebeu que os acusados não iriam parar com as agressões enquanto estivesse viva. "Depois de apagar várias vezes, sentir as facadas e pedir para Fábio mandar parar, eu resolvi fazer uma apneia para fingir que estava morta. Fechei meus olhos e não vi mais nada, senti quando fui tirada do carro e fui arrastada por eles em um lugar de pedras antes de ser jogada. Pensei até que fosse uma cova, mas mantive os olhos fechados. Tudo pareceu demorar muito tempo naquela situação", afirmou a vítima que conseguiu voltar a BR-324, onde foi deixada, e pedir por ajuda.

Tanto Isabel como seus familiares esperam que a responsabilização dos acusados aconteça o quanto antes. Durante o julgamento, a defesa da fisioterapeuta preferiu não se manifestar. Já a promotora Isabel Adelaide, titular do caso e coordenadora do núcleo do júri, disse que a decisão não deve passar de hoje e os dois suspeitos devem ouvir a sentença do júri ainda nesta segunda.

Familiares e amigos de Isabela compareceram ao Fórum Ruy Barbosa para prestar apoio à vítima e levaram cartazes em protesto contra o feminicídio. Nenhum deles falou com a imprensa.