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Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2022 às 12:19
Um grupo de familiares, amigos e moradores da comunidade do Brongo, no bairro de Brotas, se reuniram em manifestação contra a morte de Catimile dos Santos Bomfim, de 37 anos, vítima de disparos de armas de fogo durante operação da Polícia Militar. O grupo criou barreiras de fogo nas imediações da Avenida Bonocô na manhã deste sábado (1º).
Catimile foi morta após uma troca de tiros no local entre uma equipe da Polícia Militar e homens armados. Seu filho de cinco anos também foi atingido e socorrido para uma unidade de saúde pelos policiais.
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe da 26ª CIPM realizava rondas na Rua Daniel Lisboa quando foi informada por transeuntes de que um grupo de homens armados estaria comercializando drogas no Brongo. No local, os PMs visualizaram os suspeitos que, ao avistarem os policiais, efetuaram disparos de arma de fogo contra os agentes, que responderam.
"Após os disparos, a guarnição prosseguiu a pé, logo adiante se deparou com uma mulher e uma criança caídas ao solo. De imediato, os militares socorreram a criança", informou a PM em nota. "Ao retornar para prestar socorro à mulher, a guarnição foi hostilizada pela população, que não permitiu o socorro, afirmando que ela só sairia do local com a chegada do Samu. Subsequente, os pms foram informados que a mesma veio a óbito no local", acrescentou.
Na manifestação desde sábado, testemunhas acusam a PM de entrar atirando na localidade e atingirem Catimile e seu filho. Com cartazes e aos gritos de "assassinos" contra os militares que estão no local para acompanhar o protesto, os manifestantes atearam fogo em pedaços de madeira e bloquearam a avenida.
Equipes da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) e do Corpo de Bombeiros foram ao local para liberar o acesso à via.