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Especialistas apontam aumento em casos de automutilação infantojuvenil

Palestra aborda formas de tratamento e identificação do problema

  • D
  • Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2022 às 23:24

. Crédito: Foto: Nara Gentil/CORREIO
Psiquiatra Virgínia Feitosa (à esquerda) e a psicóloga Alice Munguba (à direita) por Nara Gentil/CORREIO

Estudos apontam que a automutilação, alerta que indica a existência de algum transtorno mental, tem aumentado entre crianças e adolescentes, principalmente depois da pandemia de covid-19. Em um evento realizado nesta quarta-feira (31) no bairro de Pituaçu, em Salvador, especialistas ressaltaram a importância de acolher e buscar um profissional para ajudar as vítimas.

A palestra, realizada pela Holiste Psiquiatria, abordou a temática “Automutilação Infantojuvenil: quando a angústia aparece no corpo”. Essa edição marca a volta dos “Encontros Holiste”, direcionado para familiares, amigos e cuidadores de pessoas com transtornos mentais. 

A abertura da palestra foi realizada pela psiquiatra do Núcleo Infantojuvenil da Holiste, Virgínia Feitosa, especialista em psiquiatria da infância e adolescência. Ela falou sobre “Fatores de Risco e Tratamentos”. Segundo ela, a automutilação é um tema que vem gerando muita comoção por conta do aumento no número de casos. 

“Os números da automutilação são muito variáveis, não dá pra ter acesso a todos que se mutilam, diferente do suicídio. Alguns estudos feitos no pós-pandemia mostram que os casos dobraram, o que é muito preocupante. Esse problema é uma questão de saúde pública”, destacou a especialista. 

“A pandemia causou um aumento no isolamento, solidão e depressão. Por consequência também tivemos o aumento da automutilação, que acaba sendo o efeito disso tudo”, disse a psiquiatra. 

A psicóloga Alice Munguba, especialista em clínica psicanalítica infantil, também comentou sobre o tema: “O que se diz quando se corta?”. “A angústia é o grande motivador desse paciente que busca no ato do corte um alívio para esse sentimento. É uma atitude que, uma vez sendo feita, eles acabam repetindo para achar novamente essa possibilidade de alívio”, explicou. 

A palestrante alertou ainda que os sinais de que o adolescente ou criança não está bem começam bem antes. “Eles começam a se isolar, a usar roupas compridas para tapar as partes cortadas e também tem as alterações na rotina, no sono, no apetite. Assim que os familiares perceberem que algo que funcionava bem teve alteração, pode ficar mais atento para identificar se tem algo errado”, pontuou a psicóloga. 

Alice ressaltou ainda que as pessoas que se mutilam escondem o ato por medo de uma punição ou até mesmo por vergonha, por isso, é importante que esse jovem tenha uma rede de apoio que tenha uma reação acolhedora. “Deve-se sempre tentar buscar o diálogo, não julgar e não punir. Essa pessoa precisa de uma rede de apoio que a direcione para um tratamento”. 

“Caso você descubra que seu filho está se cortando, acolha, evite o julgamento, a punição, porque ele tem medo que isso vá acontecer, então se você puder fazer diferente, essa atitude será o início para uma melhora”, aconselhou a especialista.

Sobre a Holiste 

A Holiste é uma clínica de excelência em saúde mental, criada há 20 anos pelo médico psiquiatra, Dr. Luiz Fernando Pedroso, sediada em Salvador e com atendimento nacional. Na sede principal, localizada em Salvador, funcionam os serviços ambulatorial e de internamento psiquiátrico. A estrutura da clínica conta, ainda, com o Hospital Dia (destinado à ressocialização do paciente) e com a Residência Terapêutica (moradia assistida para pacientes crônicos).

A instituição conta com mais de 200 profissionais, um corpo clínico composto por médicos psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionista, gastrônoma, dentre outros, com experiência em tratamento de transtornos relativos à saúde mental. Para conhecer mais sobre os serviços da Holiste, acesse o site www.holiste.com.br.