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Alta na procura de itens como quiabo e camarão já acontece nas feiras
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2021 às 15:16
- Atualizado há um ano
Quem tem dendê correndo nas veias, sabe: setembro é o mês do sagrado, tradicional e obrigatório caruru - que na verdade vem acompanhado de vatapá, arroz, xinxim de galinha, farofa de dendê, banana frita, pipoca e mais um monte de acompanhamentos. A data certinha de servir é no dia 27 de setembro, em comemoração ao dia de São Cosme e Damião, mas pra quem é baiano, todo dia é dia, né?
Setembro mal começou e os mercados municipais já tiveram um aumento na procura por produtos usados no caruru. E a notícia de que os baianos vão para a cozinha é recebida com alegria pelos feirantes. Isso porque, no ano passado, as vendas foram fracas. Teve comerciante que chegou a vender 50% menos do que o habitual.
Comerciante há 35 anos e atuando no Núcleo de Abastecimento (Nacs) de Itapuã, o feirante Zilton Souza é um deles. “Setembro em Salvador é diferente. A feira tem maior movimentação e o quiabo é o carro-chefe. A gente sabe que é um mês bom para vendagem. A procura pelos produtos do caruru já é intensa, e a expectativa é que aumente ainda mais”, disse ele, ao lembrar do prejuízo que sofreu no ano passado.
“Trabalhava com 30 sacos de quiabo, ano passado vendemos 15, foi complicado. Mas, esse ano, vai ser melhor, vamos vender 25 a 30 sacos, com fé em Deus!”, completou. A feirante Joelma Santos, de 44 anos, também está esperançosa com o aumento nas vendas. Ela acredita que, com a maior parte da população soteropolitana já tendo iniciado o ciclo de vacinação contra a covid-19, os familiares voltarão a se reunir. “Esse ano a gente já sente uma mudança, as pessoas já estão vacinadas e com certeza têm muito a agradecer aos santos protetores. Então, tenho certeza que a venda vai ser muito melhor”.
Quem não abre mão de fazer as delícias de setembro é a contadora Rita Pimentel, de 63 anos. Ela, que ama bater perna na feira, já começou a abastecer a casa com os itens que usará no caruru do dia 27. “Como típica baiana, já sinto vontade de comer comida de dendê em setembro. Esse ano, as barracas já estão abastecidas e a movimentação nos traz a sensação de que, aos poucos, as coisas estão voltando ao normal”, afirmou.
Preços Normalmente, quando há aumento de demanda, o preço sobe. Mas este ano os feirantes garantem que vão tentar ao máximo segurar os bvalores. O camarão seco, um dos ingredientes básicos para se fazer o caruru, por exemplo, está custando em média, R$50 o quilo. O litro do azeite de dendê varia entre R$ 12 e R$ 13, enquanto o cento do quiabo está saindo por R$ 12. O quilo da castanha quebrada varia entre R$ 47 e R$ 50 e, o feijão fradinho pode ser encontrado por R$10 o quilo.