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Bruno Wendel
Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 17:27
- Atualizado há 2 anos
Coronavírus já circula em 17 países, segundo OMS (Mark Ralston/AFP) Diante do cenário epidemiológico internacional, marcado pela emergência de novas cepas do coronavírus, o governo federal terá uma reunião com os secretários estaduais de saúde e também com os secretários municipais das principais capitais do país para tratar de um plano de contingência, em caso de contaminações no Brasil – por enquanto, não há registro de casos aqui. O encontro está marcado para o dia 6 de fevereiro, 15 dias antes do Carnaval, e vai acontecer no Ministério da Saúde, em Brasília (DF).
A reunião contará com a presença do ministro Luiz Henrique Mandetta e da cúpula da pasta. Segundo a assessoria de comunicação do ministério, serão discutidas práticas que deverão ser adotadas em caso de chegada do vírus ao Brasil – até agora, o Brasil tem nove casos suspeitos de contaminação pelo coronavírus. Nesta quinta-feira (30), a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou emergência internacional.
Durante a reunião em Brasília serão estabelecidos protocolos, verificação da situação dos hospitais especializados, além de aquisição de insumos, como máscaras e luvas. Serão analisadas também as providências adotadas até o momento, quais as cidades que necessitam do apoio do ministério, para saber quais as medidas que serão adotadas a partir da reunião, caso haja confirmação de algum caso.
Sobre o valor do investimento que será destinado ao plano de contingência, o Ministério da Saúde informou, através da assessoria, que os recursos serão informados somente no dia da reunião. Questionada se há uma preocupação do governo do federal sobre o coronavírus e a aproximação do Carnaval, a pasta informou que “isso não está sendo discutido no momento”.
Já uma fonte ouvida pelo CORREIO informou que a comissão será formada exclusivamente por causa da chagada do Carnaval. “O vírus pode chegar mais rápido”, disse uma fonte ligada ao governo. A fonte informou ainda que uma das discussões é a fechar as portas com a China. “Acho que o Brasil deve adotar a mesma medida que os Estados Unidos, mas existe também aí uma questão de economia. Fechar as portas é uma decisão extrema”, declarou.
Carnaval A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) informou que, este ano, a pasta contará com a maior estrutura já montada para o Carnaval. “Não por causa do coronavírus, até por que não há nenhum registro de caso confirmado no país, mas sim por que a secretaria evoluiu”, disse Léo Prates, secretário municipal de Saúde.
Apesar de não haver casos no Brasil, a SMS vem treinando suas equipes. “Os profissionais estão sendo treinados pelo governo federal através aulas de videoconferência para o coronavírus. O treinamento não é para o Carnaval, é para todo o ano todo. Se acontecer no Carnaval, estaremos preparados”, declarou Prates.
Álcool gel Na manhã desta quinta-feira (30), a Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) divulgou que estabelecimentos comerciais serão multados e poderão ser fechados caso não disponibilizem aos clientes álcool gel. A decisão foi tomada diante do avanço do coronavírus no mundo, bem como a elevação do número de casos de sarampo e de outras infecções virais, como H1N1, H3N2 e Influenza B no Brasil.
A Sesab, em conjunto com a SMS e o Conselho Estadual dos Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA), reforçou a Lei Estadual nº 13.706/2017, que determina a obrigatoriedade da disponibilização de equipamentos dispensadores de álcool gel por parte de estabelecimentos comerciais que prestam serviços diretamente à população.
Influenza Ainda de acordo com a Sesab, está estável o homem que deu entrada no Hospital Couto Maia, em Salvador, com suspeita inicial de coronavírus. Ele foi diagnosticado com Influenza A.