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Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2019 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Todo mundo é um pouco criança no Carnaval. É só lembrar das fantasias bem-humoradas, da alegria em pular, gritar e dançar, dos amigos inseparáveis com quem se sai junto. Se vacilar, até o fôlego é de gente pequena, afinal, são eles que aguentam uma ‘maratona’ de folia sem que o corpo reclame. No caso dos adultos, a conta costuma vir na Quarta-Feira de Cinzas.
Os carnavais voltados para as crianças tiveram seu grande auge nos clubes sociais, das décadas de 80 e 90, quando esses ofereciam uma alternativa para os pais de classe média para cima.
Com a derrocada dos clubes, o espaço acabou sendo tomado pelos blocos infantis e pelos bailes em shoppings centers. O Pelourinho, com um fluxo menor de pessoas, também é uma boa alternativa para os pequenos.
Mas vamos combinar: não são só as crianças que se divertem. Para isso, é preciso ter o espírito aberto. Não adianta se incomodar com sol, espuma, pistola d’água ou pó colorido.
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Para quem é um tanto saudosista, o Carnaval infantil lembra as festas antigas de clubes. Tem serpentina e confete e fanfarra, principalmente nos shoppings. Nas ruas, artistas como Tio Paulinho se especializaram em fazer a festa para crianças. Carla Perez também conseguiu conquistar seu espaço com os pequenos.
No entanto, ainda há o outro lado infantil do Carnaval, o do trabalho. Centenas de crianças acompanham os pais ambulantes no circuito - e, às vezes, ainda ajudam catando latinhas -, dormindo em condições precárias e ficando suscetíveis a doenças e abusos. Não se pode colocar uma máscara e fantasiar que o problema não existe. Que o Carnaval possa ser um momento de alegria para todas as crianças, sem distinção de situação social.
*Cenas de Carnaval é um oferecimento do Bradesco, com patrocínio do Hapvida e apoio de Claro, Fieb, Salvador Shopping, Vinci Airports e Unijorge