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Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2022 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
A Casa do Carnaval completa quatro anos neste sábado (5) e garante, mesmo sem abadá, a sensação de estar na folia. O museu, que abriga a história do Carnaval da Bahia, faz uso de elementos visuais e sensoriais para transmitir aos visitantes a energia da festa em paralelo a sua história. >
O turista de Recife Aldones Pereira, 53 anos, está em Salvador pela primeira vez, e ao visitar o museu, disse que pretende voltar após a pandemia, para curtir o Carnaval da cidade. “Já tinha passado por Salvador, mas não parei e tô conhecendo agora. Ainda não conhecia o Carnaval, mas as televisões e as exposições no primeiro andar nos aproximam demais, fazem a gente sentir um pouco essa sensação de estar presente na festa e dá vontade de vir”, anseia Aldones. >
O secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult), Fábio Mota, responsável pela Casa do Carnaval, destacou a importância do equipamento para o turismo da cidade. “Nós temos o maior acervo de Carnaval do mundo, que conta não apenas a história, mas toda tradição e cultura da maior festa do Carnaval. Isso é um impulsionador para o turismo”, destaca o secretário. >
Esse ano, por não ter Carnaval, a expectativa é o aumento do público. “A expectativa desse ponto de vista é ter uma visitação maior do que nos últimos anos. Lá o povo baiano pode matar a saudade do Carnaval e o turista pode conhecer como é essa grande festa que está retratada desde os primórdios até a última festa que nós tivemos em 2020”, aponta Fábio Mota.>
Desde a abertura, o espaço recebeu mais de 50 mil visitantes. De acordo com a equipe de orientação do museu, a maioria das pessoas que vão ao local passa mais tempo na primeira sala, que conta a parte da história do Carnaval que muitos não viveram. Espaço foi inaugurado em 2018 (Foto: Divulgação Jefferson Peixoto/ Secom PMS) Flávia Martinelli, 45 anos, é turista de São Paulo e vê os adereços de cabeça como o destaque da sala inicial. “Eu gosto muito das representações das fantasias de cabeça, que têm toda uma trajetória, algumas você olha e já reconhece, acho esses registros lindos. Eu não conhecia, tinha vindo outras vezes para Salvador, mas ainda não tinha encontrado uma estrutura dessa, é muito legal e acolhedor para o turista” aponta Flávia.>
A novidade deste ano é o restaurante com cardápio inspirado em receitas familiares e da cozinha ancestral da Bahia, inaugurado na cobertura do equipamento. O local está aberto ao público de terça a domingo, das 10h às 17h, com acesso independente do museu. No local, é possível saborear opções de doces e salgados, além de pratos especiais no almoço. >
Vindo de Porto Alegre, Bruno Debet, 24, não conhecia o Carnaval, e no museu, se encantou pelas cores que dominam as peças carnavalescas. “Eu tô achando lindo, gostei ainda mais das cores. Estava aqui assistindo com o fone, e ver a transformação histórica me chamou bastante atenção, como começa e os caminhos percorridos até hoje. É um misto de emoções e gostaria que tivesse isso aqui em todo lugar, para que todo mundo pudesse ver”, conta Bruno.>
Estrutura O espaço é um casarão dividido em três pavimentos. No primeiro ambiente há duas salas, "Origens do Carnaval" e "Criatividade e Ritmos do Carnaval", que contam a parte histórica da festa através de um acervo formado por obras de artistas plásticos que representam a folia por meio dos quadros, esculturas e máscaras que lembram os antigos carnavais. Duzentos bonecos feitos de cerâmica que representam figuras típicas da folia completam o pavimento junto com várias projeções em vídeo, que cada visitante pode aproveitar com fones de ouvido.>
Na segunda etapa da viagem pela folia, uma sala que lembra um cinema forma um espaço para assistir uma seleção de vídeos com coreografias de blocos e bandas que são a cara do Carnaval. O objetivo do espaço é estimular os visitantes a dançarem, orientados por monitores dançarinos, em meio a luzes que piscam ao ritmo das melodias, enquanto descobrem os hits mais aclamados durante os sete dias de festa. O último andar guarda uma bela vista para a Baía de Todos-os-Santos e boa parte da Cidade Baixa, desde o Comércio até a Ponta de Humaitá. >
Como visitar>
O museu fica na Praça Ramos de Queirós, ao lado do Plano Inclinado Gonçalves, no Pelourinho. O equipamento está aberto para visitação de terça a domingo, das 10h às 17h, seguindo todas as recomendações de enfrentamento à Covid-19.>
O ingresso custa R$20 (inteira) e R$10 (meia). Os soteropolitanos ainda têm a opção do passaporte local, que permite pagar meia entrada com comprovante de residência. Todas as quartas-feiras a entrada é gratuita para qualquer visitante. >
* Com supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro>