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Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2022 às 15:20
- Atualizado há 2 anos
O proprietário do carro usado no atropelamento que matou um agente da Transalvador na última quarta-feira (27) afirmou, nesta sexta-feira (29), que não estava no carro no momento da colisão e que o veículo ficava guardado na garagem da casa de um amigo.>
No dia do acidente, o agente Jailton Pereira do Nascimento, 53 anos, trabalhava na organização do trânsito da Avenida Paralela. O carro bateu na traseira da viatura da Transalvador e o impacto arremessou o agente para o canteiro da pista. Ele morreu no local.>
Nesta sexta (29), Jonas Benício, advogado do dono do automóvel, o empresário Luís Fabiano Gomes, afirmou que o veículo estava com Humberto Mascarenhas. O bem havia sido confiado a ele há quase dois anos. De acordo com Fabiano, a decisão foi tomada desde que o carro virou alvo de uma penhora judicial durante seu processo de divórcio. "Uma coisa eu tenho certeza: o carro é meu, sou proprietário e ele está em meu nome. Estava guardado com uma pessoa que eu confiava e que traiu a minha confiança. Agora não sei o que vai acontecer, só sei que sou inocente", disse Fabiano, em entrevista à TV BahiaDurante o sepultamento do agente de trânsito, o superintendente da Transalvador, Marcus Passos, afirmou ao CORREIO que as últimas cinco notificações incluídas no documento do veículo são por excesso de velocidade.>
Quanto ao fato, o advogado informou ter sido uma surpresa para Fabiano, já que ele não recebeu nenhuma das notificações. Como o veículo é registrado em Alagoinhas, antigo endereço residencial do proprietário, a suspeita de Jonas é que as multas tenham chegado lá. >
“Foi uma surpresa, porque o endereço está registrado como Alagoinhas, na antiga residência em que ele morava com a ex-mulher. Se chegava multa, chegava lá. Como ele está em Salvador, na região de Tancredo Neves, ninguém remeteu as multas a ele”, explica o advogado. >
Jonas Benício contou ter sido informado que Humberto também alega inocência e que, segundo o amigo de Fabiano,o carro havia sido repassado a um homem identificado como Franklin Nascimento, que teria causado o acidente. Ainda conforme o advogado, o carro foi parar nas mãos de Franklin como uma penhora de Humberto, por dificuldades financeiras. “Ele diz que passou por um momento financeiro ruim e deu o carro como garantia de um empréstimo, sem permissão para que a pessoa usasse, apenas para garantir o pagamento do valor”, explica o advogado.>
O suspeito deve se apresentar à polícia na tarde desta sexta-feira (29).>
Atropelamento e morte De acordo com a Transalvador, Jailton e outro colega de profissão estavam ordenando o fluxo de veículos na primeira faixa da direita da avenida quando foi atingido. Ainda segundo o órgão de trânsito, o veículo estava em alta velocidade. Com o impacto da batida, Jailton acabou sendo arremessado para o canteiro.>
O motorista fugiu do local do acidente. O agente da Transalvador foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ainda no local, mas não resistiu aos graves ferimentos. Um outro agente que testemunhou o acidente ficou em estado de choque e foi levado a uma unidade de saúde.>
Segundo a Transalvador, o automóvel que atropelou o agente foi levado para o pátio da autarquia de trânsito, onde passará por perícia técnica. Agente de trânsito morreu no local (Foto: reprodução) Em nota, a Transalvador lamentou a morte do agente e informou que "não vai medir esforços para que o condutor seja localizado e que as medidas cabíveis sejam tomadas.">
Jailton trabalhava como agente de trânsito há mais de vinte anos. Ele deixa uma esposa e filhos. O caso foi registrado na Central de Flagrantes. Em nota, a Polícia Civil informou que trabalha para identificar o condutor do veículo que atropelou Jailton. O caso é investigado pela 9ª Delegacia.>
*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro >