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Cantina da Lua é arrombada e coroa de Rei Momo de Clarindo Silva é levada

De valor simbólico 'imensurável', peça vale cerca de R$ 10 mil e contém ainda pedras semi-preciosas do joalheiro LasBonfim

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  • Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2020 às 22:34

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Roberto Viana/Arquivo CORREIO

A Cantina da Lua - um dos mais tradicionais restaurantes do Centro Histórico de Salvador - localizada no Terreiro de Jesus, Pelourinho, foi arrombada nesta semana. Segundo informações do proprietário do estabelecimento, Clarindo Silva, 78 anos, foram roubados diversos objetos de valor, dentre eles a coroa de Rei Momo do comerciante e seus paramentos, além de uma máquina fotográfica antiga.

"Essa coroa foi feita sob medida por um artista baiano e tem pedras semi-preciosas do joalheiro LasBonfim. Ela tem valor financeiro de R$ 10 mil. Mas o valor financeiro é o de menos. Ela tem valor afetivo imensurável. Significa muito pra mim. Todos sabem da polêmica que foi ser Rei Momo em 2008 e de como a conquista dessa coroa foi muito importante", contou Clarindo, ao CORREIO.

O restaurante, que também funciona como bar e centro cultural, está fechado desde o dia 20 de março e, por isso, o empresário está indo para lá de dez em dez dias. Só ficou sabendo do roubo quando chegou lá na última terça-feira (2). "Estamos seguindo todas as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) relacionadas ao coronavírus desde antes das medidas da prefeitura. Eu só vou pra lá a cada dez dias para abrir as coisas pra ventilar. Na terça feira, quando cheguei, a cantina tinha sido arrombada. O bandido - ou os bandidos, ainda não sabemos - tentou entrar pelo telhado, mas não conseguiu. Foi quando arrombou a janela do escritório e entrou no escritório da Cantina", detalhou Clarindo.

De acordo com ele, houve tentativa de abrir o cofre - sem sucesso. "Levou uma série de coisas. Mas, sem dúvidas, a coroa é o objeto de maior valor afetivo. Mas estou agradecendo porque ele não conseguiu entrar na Cantina mesmo. São dois portões e só conseguiram abrir um. O espaço é uma sala antiga que eu também guardo coisas que as pessoas esquecem. Reviraram e ficou verdadeiro inferno", completou ele, emocionado.

No mesmo dia, Clarindo registrou um boletim de ocorrência (BO) na Delegacia de Proteção ao Turista (Deltur) e os policiais realizaram uma perícia na Cantina da Lua. "Não consigo acreditar que, em meio a uma pandemia, alguém se propõe a ter uma atitude dessas", lamentou.

Apesar de se mostrar triste com o ocorrido, o comerciante se diz esperançoso: "Tenho certeza de que vamos recuperá-la. Algo me diz isso. Eu sinto".