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Da Redação
Publicado em 2 de março de 2015 às 11:43
- Atualizado há 2 anos
As manobras feitas com as pontas dos dedos em cima de um mini skate chamavam a atenção de quem passava pelo Farol da Barra, ontem à tarde. E para quem pensa que tudo não passa de uma brincadeira, o campeão brasileiro de 2009, Lázaro Dias, dá uma lição de acrobacias sem deixar o skatinho descolar das mãos.Lázaro Dias e Douglas Santos praticaram o esporte Fingerboard na tarde de ontem no Farol da Barra (Foto: Evandro Veiga)Praticante do Fingerboard (skate de dedo, em inglês) há 13 anos, ele está à frente do evento que reune adeptos da modalidade, mensalmente, em diversos pontos de Salvador. “Na Bahia, somos cerca de 30 praticantes e nos reunimos sempre para divulgar o esporte. Queremos difundir o Skate de Dedo para além do modismo e do consumismo”, revela Lázaro. Ele acrescenta: “Nosso trabalho está associado à música, principalmente ao rock e ao rap, e tratamos de temas como amizade, a importância dos estudos para os jovens e a fraternidade”.
O grupo mantém ainda um trabalho social que visita escolas e orfanatos divulgando o esporte e incentivando as crianças a serem futuros praticantes. “O skate de dedo desenvolve a coordenação motora, a concentração e a socialização, assim como os outros esportes”, indica o fingerboarder, que está tentando o patrocínio de editais de incentivo ao esporte e à cultura para competir em Berlim, durante o Fast Fingers - competição mundial de Skate de Dedo na Alemanha, considerada a terra do Fingerboard.
Para Douglas Santos, fingerboarder há sete meses, a vantagem do esporte é que o instrumento inseparável - o mini skate - cabe no bolso e é possível praticar onde for. “A gente leva o mini skate para todo lugar, até para o trabalho. Com qualquer objeto você faz uma rampa, um obstáculo”, diz.Skate com os dedos: atividade esportiva reuniu praticantes na Barra ((Foto: Evandro Veiga)De acordo com os praticantes, os equipamentos estão disponíveis em lojas de esporte e também pela internet. Muitos são importados da Alemanha. Um mini skate profissional pode custar até R$ 80 e é feito com o mesmo material do skate convencional, inclusive com base em metal e rolamento especial para garantir boas manobras.
“A forma de ‘chutar’ o skate e as manobras são as mesmas . A diferença o uso dos dedos”, argumenta Lázaro e diz ainda que muitos adeptos praticam também o skate convencional concomitante.