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Assalto a ônibus causa grave acidente na Avenida Heitor Dias; uma pessoa morreu

As primeiras informações enviadas pelo Corpo de Bombeiros dão conta de 4 pessoas feridas e uma morte

  • Foto do(a) author(a) Vinicius Nascimento
  • Vinicius Nascimento

Publicado em 26 de março de 2021 às 19:10

 - Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Paula Fróes/CORREIO

Um assalto a ônibus acabou com acidente gravíssimo na Avenida Heitor Dias, a Via Expressa, próximo à Ladeira do Capoteiro, na Vila Laura. Dois homens armados entraram num ônibus da linha Barroquinha x Acesso Norte, agrediram vários passageiros e tentaram tomar o volante do motorista. O veículo seguia sentido Rótula do Abacaxi.

Com a ação do bandido, o motorista perdeu o controle do veículo, que se chocou contra um ponto de ônibus. As primeiras informações enviadas pelo Corpo de Bombeiros dão conta de 4 pessoas feridas e uma morte, que foi confirmada por médicos do Samu que trabalham no local. A suspeita inicial foi de que a vítima seria um dos bandidos, mas, em nota, a Polícia Civil informou depois que a vítima que morreu era um homem que passava pelo local de bicicleta. A identidade não foi revelada.

Segundo testemunhas, os bandidos conseguiram fugir e um deles, após sair do ônibus, assaltou um carro próximo e ainda trocou tiros com policiais.

O motorista do ônibus, Marco Antônio, falou ao CORREIO que a dupla entrou no ônibus como passageiros comuns antes de anunciar o assalto. Eles agrediram o cobrador com coronhadas e também agrediram passageiros que estavam no coletivo. 

Segundo Marco Antônio, um dos bandidos tentou tomar a direção do veículo e ameaçou matá-lo. Ele segurou a direção até onde conseguiu, mas chegou um momento que perdeu controle do veículo e aí o acidente aconteceu."Um com a pistola na minha cabeça e outro dando soco e segurando a direção. Eu segurava a direção de um lado e ele puxava do outro. Eu pedia calma, dizia que ia parar e ele dizia: 'Não vai parar nada, piloto, você vai levar'. Ele então puxou o volante e eu perdi a direção e acabei colidindo", afirmou Marco Antônio. Dor, desespero e angústia: vítimas e pedestres lamentam tragédia na Heitor Dias (Foto: Paula Fróes/CORREIO) O ônibus transitava próximo à ladeira do Capoteiro, na Vila Laura. O motorista conseguiu desviar do ponto e bateu um pouco mais à frente. Uma parte da passarela caiu e atingiu pessoas que estavam no local, como Roberto Conceição, que tomava uma cerveja com amigos no local. 

"A gente estava na passarela tomando uma cerveja no isopor e do nada o ônibus bateu na passarela, que caiu na gente. Uma colega nossa ficou toda ensanguentada e não morreu porque caiu numa vala e o pneu não passou por cima. A polícia chegou e os bandidos saíram correndo. A gente que é trabalhador, trabalha para ter o pão, espera a semana para tomar uma cervejinha e acontece isso. Meus colegas querendo descansar e acontece isso", afirmou a testemunha. 

Uma arma de brinquedo foi encontrada no local. Dois feridos foram encaminhados para o Hospital Geral do Estado (HGE): um idoso teve escoriações leves enquanto uma outra vítima, do sexo feminino, teve ferimentos graves, ficando com o rosto muito machucado.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que o caso será investigado pelo Grupo de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc), que está ouvindo motorista e cobrador do ônibus, além de testemunhas que estavam no local. Ainda segundo as apurações iniciais, a vítima fatal era um homem que passava pelo local de bicicleta. 

Segundo a polícia, as informações iniciais apontam que os criminosos utilizavam uma réplica de arma de fogo, deixada por um deles, depois de ser baleado por policiais militares durante a fuga.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) afirmou que Salvador vem registrando queda no número de assalto a ônibus e 2020 registrou o menor número desse tipo de ocorrência nos últimos 6 anos. Além disso, a SSP afirma que ações das polícias Militar, com a Operação Gêmeos, entre outras unidades, e da Civil, através do Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gercc), são realizadas diariamente em bairros e principais avenidas de Salvador.

O CORREIO procurou o Sindicato dos Rodoviários da Bahia e o consórcio Integra para comentar o caso, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.