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Priscila Natividade
Publicado em 5 de agosto de 2018 às 19:39
- Atualizado há 2 anos
A importância do aleitamento materno ganhou espaço no Salvador Shopping, ao reunir na tarde de hoje mães e bebês em uma espécie de amamentação coletiva. “Promovemos este evento desde 20012 em Salvador. A saída das mulheres para o trabalho e o surgimento do leite artificial foi interferindo na cultura do aleitamento materno. Com iniciativas como esta, a gente ajuda a resgatar o quanto isso é fundamental”, destaca a organizadora do evento, Tarsila Leão.
A Hora do Mamaço tem como objetivo também, desmistificar tabus relativos à amamentação, como acrescenta Tarsila, que amamentou a filha mais velha, Pietra, hoje com 7 anos, até os quatro. O mesmo deve acontecer com Leonel, ainda com 1 ano e 2 meses. “A amamentação não é instintiva como nas outras espécies de mamíferos. Ela passa pelo desejo. As mulheres precisam aprender como amamentar para que não se deparem com as dificuldades do inicio”, pontua a especialista.
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O Grupo de Consultoria em Amamentação A Mama reuniu na escadaria da Praça Central do shopping, mães como a artesã Ariane Max, 27, que já chegou a ser sofrer represália por amamentar o pequeno Inn Manuel, de cinco meses, em locais públicos. “Estamos conquistando cada vez mais lugares. É importante que isso não aconteça só no shopping. Amamentar, pra mim, é um prazer. A fé que vem do olhar dele, a satisfação. Isso me traz uma força tamanha”, afirma.
A biomédica Samira Salvador também participou do Mamaço. O filho, Bernardo, 3 anos, mamou até os dois. O mais novo, Guilherme, 4 meses, deve seguir os passos do irmão. “A maior dificuldade pra gente não é a dor. É a falta de apoio da família. Com o primeiro, a pega foi tranquila. Com o segundo, eu tive um pouquinho de feridas, mas não desisti e em menos de um mês melhorou. A minha família foi meio contra. Essa falta de estímulo não pode desencorajar a mãe”, diz.
O fortalecimento do vínculo e a contribuição para a saúde do bebê são capazes de vencer qualquer barreira, como defende a engenheira ambiental e mãe da pequena Lis Catarina, Rosiene Soares. Prestes a completar três anos, Lis mama várias vezes por dia. “Leite materno é amor líquido. Depois dos seis meses é uma luta pra manter. Muita gente vai te dizer que seu leite virou água, e a gente acaba sendo obrigada a creditar nisso. O desmame dela vai ser natural. Vai ser até quando ela querer”, defende.
A Hora do Mamaço integra as ações da Semana Mundial do Aleitamento Materno, criada em 1992 pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (Waba), com o apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância da Unicef.