Secretária de Jerônimo usa estrutura do governo para atacar candidato do União Brasil

Texto com críticas ao candidato José Ronaldo (União Brasil) foi enviado em grupo oficial da autarquia

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Publicado em 25 de setembro de 2024 às 19:26

Roberta Santana, secretária de Saúde do estado
Roberta Santana, secretária de Saúde do estado Crédito: Jamile Amine/Saúde GovBA

A secretária estadual de Saúde (Sesab), Roberta Santana, usou a estrutura da pasta para atacar José Ronaldo (União Brasil), candidato a prefeito de Feira Santana.

Em um texto enviado no grupo oficial do WhatsApp da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Roberta Santana fez críticas ao programa eleitoral do candidato. Segundo integrante do governo Jerônimo Rodrigues (PT), José Ronaldo desrespeitou “a dor das famílias que perderam entes queridos em decorrência de graves condições de saúde”. A mesma mensagem foi enviada para e-mails de jornalistas.

Texto enviado via WhatsApp
Texto enviado via WhatsApp Crédito: Reprodução
Texto enviado por e-mail
Texto enviado por e-mail Crédito: Reprodução

Presidente do União Brasil na Bahia, o deputado federal Paulo Azi repudiou o uso da secretaria para fins políticos.. “É inaceitável que a Secretaria da Saúde, uma pasta que deveria estar focada em cuidar da saúde da população baiana, seja utilizada como instrumento de ataque político durante uma campanha eleitoral. Talvez por isso o estado continue enfrentando o grave problema da fila da regulação, da falta de estrutura em diversas unidades de saúde”, criticou Azi.

Por meio de nota oficial, a Secretaria de Saúde de Feira Santana disse ser “lamentável” o uso do órgão estadual para “palanque eleitoral”.

“A secretária Roberta Santana, que não possui formação na área médica, mas sim em administração de empresas, utiliza números fora de contexto e generalizações para tentar criar uma narrativa que atende mais aos interesses políticos do partido dela do que à realidade dos fatos”, diz trecho do comunicado oficial.

Em nota enviada ao CORREIO, a Sesab disse que divulgou a posição da secretária no WhatsApp e nos e-mails de jornalistas para cumprir “um relevante papel de serviço público ao esclarecer a população sobre a falsidade das afirmações veiculadas no horário eleitoral gratuito - propaganda financiada com recursos públicos oriundos do fundo eleitoral”. 

“No caso em questão, a propaganda coloca em dúvida os critérios técnicos adotados por cerca de 220 médicos e todos os demais profissionais que atuam no Hospital Geral Clériston Andrade. Sugerir que a análise do quadro clínico de um paciente seja influenciada ou subjugada por indicações externas é desrespeitoso e incorreto. O hospital e seus profissionais seguem rigorosamente os protocolos de atendimento e as decisões médicas são baseadas exclusivamente em critérios técnicos e científicos, com foco na saúde e segurança do paciente”, acrescentou.