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Pombo Correio
Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 16:43
A secretária de Educação (SEC) da Bahia, Rowenna Brito, mantém na sua pasta o marido como superintendente de Gestão da Informação do órgão. A presença dele na SEC, segundo especialistas, não é ilegal, mas é imoral. A informação foi divulgada pelo perfil no Instagram Aqui é Só Política e confirmada pelo CORREIO.
Com salário de R$ 19,5 mil, Rainier Wendell Costa Guimarães é servidor de carreira do estado e ocupava o cargo antes de Rowenna Brito assumir como titular da secretaria. Por essa razão, explica o advogado especialista em Direito Civil, David Vilasboas, não há ilegalidade no fato dele estar em um posto na SEC. No entanto, a sua presença na pasta representa um problema no âmbito moral.
“Seria prudente que um deles pedisse a exoneração. Mesmo que a nomeação dele não tenha partido por parte da secretária, seria imoral que o marido continuasse no órgão onde ela é a autoridade máxima. Isso pode acabar atrapalhando o funcionamento interno do órgão”, falou.
David Vilasboas ainda ressalta que a Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (STF) veda a nomeação de parentes até o terceiro grau para cargos comissionados ou de confiança por parte de gestores em qualquer dos poderes da União, dos estados e dos municípios. O descumprimento da norma pode resultar em processo por improbidade administrativa.
Rowenna Brito foi efetivada como secretária no último mês de agosto, mas ela ocupava o cargo de forma interina desde abril, quando a então titular da pasta, Adélia Pinheiro (PT), foi exonerada para disputar a prefeitura de Ilhéus, no sul do estado.
A Secretaria de Educação da Bahia foi procurada pela reportagem para se posicionar sobre o conflito moral, mas não se não manifestou até a publicação desta matéria.