Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Pombo Correio
Publicado em 10 de janeiro de 2025 às 16:56
O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, criticou a decisão do governo brasileiro de manter a presença da embaixadora Glivânia Maria de Oliveira na posse de Nicolás Maduro, em Caracas, nesta sexta-feira (10). A postura do Itamaraty ocorre em um momento de crescente tensão política na Venezuela, após denúncias da oposição sobre a prisão de María Corina Machado, líder antichavista, que foi liberada horas depois. >
Em publicação nas redes sociais, ACM Neto apontou seletividade do governo federal na defesa da democracia. “Parece que para o governo a defesa da democracia é seletiva. Para os amigos ditadores a postura é fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo. Inaceitável ver o Brasil se omitir diante dos abusos cometidos por Maduro. Quem defende a democracia não compactua com ditador”, afirmou.>
O envio da embaixadora marca o início de uma relação mais protocolar entre Brasil e Venezuela, com menor proximidade do alto escalão brasileiro. A medida alinha-se a países como Colômbia e México, que também mantêm representantes diplomáticos em Caracas, mas com um distanciamento crítico ao regime.>
Desde as eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho, que não tiveram atas eleitorais divulgadas, o Brasil não reconheceu a legitimidade do pleito. A tentativa de mediar um diálogo entre Maduro e a oposição, em conjunto com Colômbia e México, também fracassou.>
As relações bilaterais entre os dois países se deterioraram ainda mais com o veto do Brasil à entrada da Venezuela nos Brics, enquanto aumentam as críticas ao regime autoritário de Maduro no cenário internacional.>