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Mauro Cid, Braga Netto, Garnier: quem pode virar réu no STF além de Bolsonaro

Mais sete pessoas são acusadas de participação de plano golpista

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 21 de março de 2025 às 11:59

Tenente-coronel Mauro Cid
Tenente-coronel Mauro Cid Crédito: Lula Marques/Agência Brasil

O julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete pessoas na investigação sobre o 8 de janeiro acontecerá na próxima semana, na terça (25) e na quarta-feira (26).

A Suprema Corte decidirá se aceita a denúncia da Procuradoria-geral da República (PGR) contra o chamado 'núcleo 1', grupo formado por líderes da organização criminosa. Além de Bolsonaro, confira os outros denunciados que podem virar réus na próxima semana, com informações da CNN:

Mauro Cid

Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Cid assinou a delação premiada que norteou a ação da Polícia Federal (PF).

Walter Braga Netto

General e ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. Ele foi candidato a vice de Bolsonaro nas eleições de 2022. Preso em dezembro de 2024, é acusado de articular um golpe e tentar interferir na investigação.

Alexandre Ramagem

Deputado federal e ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo Bolsonaro. A PF encontrou, em 2024, mensagem de Ramagem com orientações para o então presidente Jair Bolsonaro questionar as urnas eletrônicas nas eleições de 2022, quando Bolsonaro saiu derrotado.

Almir Garnier

Almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro. Segundo as investigações, foi o único comandante das Forças Armadas a se colocar à disposição para um golpe de Estado. A adesão de Garnier ao plano teria servido para pressionar ainda mais o Alto Comando do Exército a aderir ao plano de golpe.

Anderson Torres

Ex-ministro da Justiça e ex-delegado da PF, foi pego com uma minuta de decreto que, segundo as investigações, seria encaminhado a Bolsonaro para instaurar Estado de Defesa no país e reverter a eleição de 2022. Após a derrota do ex-presidente no pleito, tornou-se secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e foi preso por omissão nos atos de 8 de janeiro de 2023.

Augusto Heleno

General da reserva e Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro. Segundo a PF, golpistas planejavam um “gabinete de crise” sob o comando do militar.

Paulo Sérgio Nogueira

Ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, ele também é general da reserva e ex-comandante do Exército. Foi acusado de apoiar ataques ao sistema eleitoral, incentivar a tentativa de golpe e apresentar uma versão do decreto golpista para buscar respaldo dos comandantes das Forças Armadas.