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Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2024 às 09:54
O senador Jaques Wagner (PT) admitiu, nesta segunda-feira (30), que há uma insatisfação de aliados com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo ele, deputados e prefeitos reclamam que não têm sido recebidos pelo chefe do Palácio de Ondina.
“O pessoal ainda é carente, reclama um pouco - os deputados e prefeitos - (para) serem recebidos. Ele (Jerônimo) tem ido muito mais para interior do que ficado sentado na cadeira recebendo o interior. Eu acho importante (ir para o interior) porque vai ficando mais conhecido. (...) Ele tem rodado muito. Está com um energia muito grande e repito o que eu sinto das pessoas as vezes é reclamar, achar que o que falta é um pouco mais de gabinete, das pessoas (serem) recebidas lá (na Governadoria)”, disse Wagner, em entrevista à rádio Metrópole.
A oposição tem dito que Jerônimo Rodrigues tem ido ao interior para “fugir dos problemas” do estado.
“O que a gente vê desses quase um ano e meio de governo de Jerônimo é ele passeando pelo interior direto. É uma forma que ele tem de fugir dos problemas, porque ser governador está na ponta, está perto da população, mas também chamar secretário, planejar, organizar, ter projeto, cobrar metas e fazer as coisas acontecerem. Então, qual é a marca de Jerônimo? Qual é o grande projeto de Jerônimo?”, questionou o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, em entrevista ao CORREIO, em maio deste ano.
Ainda na entrevista, Wagner disse acreditar que Jerônimo dará uma “saculejada” na gestão. “Acho que quando fizer dois anos ele vai dar uma saculejada na estrutura do governo. É o que eu percebo. Ele está observando os dois primeiros anos para eventualmente fazer as mudanças que achar necessário”, emendou.
O senador disse ainda que Jerônimo tem tido popularidade como “pessoa física”, mas falou sobre a avaliação do governador do ponto de vista administrativo. Pesquisa do instituto Atlas, divulgada em agosto, apontou que a aprovação de Jerônimo Rodrigues caiu 5 pontos percentuais na Bahia na comparação com a consulta realizada em dezembro do ano passado, e a reprovação do petista atingiu 44% (saiba mais aqui).