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Itaipu e Petrobras destinam R$ 33,5 milhões para 'Janjapalooza' e G-20, diz Estadão

Outras estatais, como o Banco do Brasil e a Caixa, não responderam ao jornal sobre valores investidos no evento

  • Foto do(a) author(a) Pombo Correio
  • Pombo Correio

Publicado em 13 de novembro de 2024 às 19:19

Primeira-dama Janga
Primeira-dama Janga Crédito: Divulgação

A Itaipu Binacional e a Petrobras destinaram R$ 33,5 milhões ao festival Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, chamado de “Janjapalooza” nas redes sociais, e à cúpula do G20, segundo revelou nesta quarta-feira (13) o jornal Estado de S. Paulo. A Itaipu contribuiu com R$ 15 milhões para o festival e outros eventos paralelos ligados ao G20 Social, enquanto a Petrobras investiu R$ 18 milhões para a reunião do G20 em uma parceria internacional.

Outras estatais, como o Banco do Brasil e a Caixa, não responderam ao jornal sobre valores investidos no evento. Já o BNDES se recusou a informar os valores e direcionou a pergunta ao Ministério da Cultura, que afirmou que os dados serão divulgados posteriormente. A falta de transparência contrária a prática do BNDES, que costuma divulgar valores em seu site. Nos últimos anos, o uso de estatais para financiar eventos tem sido uma prática comum no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Por influência da primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, na organização, o festival ganhou o apelido de “Janjapalooza”. O evento ocorre na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, entre os dias 14 e 16 de novembro e reúne artistas renomados como Alceu Valença, Zeca Pagodinho e Ney Matogrosso, com entrada gratuita. O festival foi planejado para ser realizado nos mesmos dias do G-20 Social, um encontro de representantes da sociedade civil.

O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), também envolvido, afirmou que não patrocinou o evento financeiramente, mas ofereceu suporte consultivo na infraestrutura de conectividade. A organização do festival também contou com o apoio da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEIA), da prefeitura do Rio de Janeiro e de entidades como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).

Em nota, a Petrobras disse que apoiou o evento por meio de um acordo de cooperação internacional com a OEIA. O acordo, no valor de R$ 18,5 milhões em 2024, se alinha aos temas do G20 e à política de transição energética da empresa. Já Itaipu afirmou que seu apoio ao festival e ao G20 Social reflete a “importância estratégica” de participar de discussões globais sobre temas como pobreza e crise climática.

A Secretaria-Geral da Presidência da República, responsável pelo G20 Social, também está envolvida na organização do evento. Segundo o jornal, cada artista receberá um cachê simbólico de R$ 30 mil.