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Advogado que defendeu médica Kátia Vargas agora defende Braga Netto, aliado de Bolsonaro

Médica foi absolvida em 2017 após ser acusada de matar atropelar fatalmente dois irmãos em 2013

  • Y
  • Yan Inácio

Publicado em 25 de março de 2025 às 19:00

José Luis de Oliveira Lima
José Luis de Oliveira Lima Crédito: Gustavo Moreno/STF

Um dos casos jurídicos mais emblemáticos dos últimos anos na Bahia tem um ponto em comum com a análise da denúncia que a Procuradoria-Geral da República (PGR) fez contra Jair Bolsonaro e seus aliados sobre a tentativa de golpe. O julgamento teve o primeiro dia nesta terça-feira (25), no Supremo Tribunal Federal (STF), e será retomado amanhã (26).

O advogado José Luis Oliveira Lima é quem une os dois casos. O jurista, que hoje é responsável pela defesa do ex-ministro Walter Braga Netto, representou a médica Kátia Vargas na acusação de ter provocado a morte dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias em um acidente de trânsito em outubro de 2013.

Braga Netto é um dos aliados de Bolsonaro denunciados no inquérito que apura suposta tentativa de golpe de Estado. Durante a sustentação da defesa do ex-ministro nesta terça (25), José Luis de Oliveira Lima alegou que o militar “não teve qualquer participação com os atos de 8 janeiro”.

O advogado também chamou Cid Teixeira, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso, de “mentiroso”. Durante a delação, Cid Teixeira disse que Netto incentivou os atos violentos dos manifestantes golpistas nos ataques do 8 de janeiro.

Relembre o caso Kátia Vargas

A médica dirigia um carro na altura do Ondina Apart Hotel, no bairro de Ondina, quando se envolveu em um acidente de trânsito com a moto pilotada por Emanuel, que levava Emanuelle Gomes Dias na garupa. Os dois foram arremessados contra um poste e morreram no local.

Kátia Vargas foi hospitalizada após o acidente e, dias depois, foi levada para o Presídio Feminino de Salvador, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde ficou por 58 dias, quando foi concedido o pedido para responder em liberdade.

Em 2017, ela foi inocentada em júri popular após denúncia por duplo homicídio qualificado, impossibilidade de defesa e perigo comum. Em 2018, a Justiça anulou o júri que absolveu Kátia Vargas, mas, um ano depois, os desembargadores mantiveram a absolvição da médica.