ACM Neto condena apoio do PT à ditadura venezuelana: 'É uma vergonha internacional'

Vice-presidente nacional do União Brasil ainda criticou a "legitimação" do regime de Maduro

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Publicado em 30 de julho de 2024 às 14:50

Ex-prefeito de Salvador, ACM Neto
Ex-prefeito de Salvador, ACM Neto Crédito: Agência Alba

O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, criticou, nesta terça-feira (30), a nota oficial da Executiva Nacional do PT reconhecendo a vitória de Nicolás Maduro nas eleições venezuelanas.

ACM Neto questionou a postura do PT e da presidente do partido, Gleisi Hoffmann, ao apoiarem o resultado do pleito, considerado controverso.

“O que esperar do PT depois da nota reconhecendo a fraude na Venezuela? Por que será que o PT e sua presidente, Gleisi Hoffmann, na contramão das democracias mundiais, classificaram como ‘jornada democrática’ o processo eleitoral que não traduz a vontade da maioria dos venezuelanos?", indagou ACM Neto.

O vice-presidente nacional do União Brasil ainda criticou a "legitimação" do regime de Maduro. "Chancelar o autoritarismo de Maduro é uma vergonha internacional e um grande desserviço à democracia. Nada pode ser maior do que a soberania popular”, acrescentou. 

Posição petista

Em meio à forte pressão internacional por transparência e as suspeitas sobre o processo eleitoral pelo qual o ditador Nicolás Maduro se declarou reeleito na Venezuela, o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou nota exaltando as eleições no País vizinho.

Na publicação, feita no site do partido e assinada pela Executiva Nacional da legenda, o PT chamou o ditador de "presidente Nicolás Maduro, agora reeleito" e defendeu que ele "continue o diálogo com a oposição". A ditadura chavista tem histórico de prisão de adversários políticos e alguns dos principais opositores de Maduro foram proibidos de concorrer.

O PT chamou o processo eleitoral de "uma jornada pacífica, democrática e soberana". A sigla ainda culpou as sanções internacionais, impostas em razão das ações autoritárias de Maduro, como responsáveis pelos "graves problemas da Venezuela".